Governo Dilma faz força-tarefa para acelerar obras do PAC
A presidente Dilma Rousseff passou os últimos dias discutindo formas de tornar mais ágeis as principais obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Nordeste, que estão com canteiros paralisados. O Planalto trabalha para que os projetos de transposição do Rio São Francisco e das ferrovias Transnordestina e Leste-Oeste, promessas de campanha em 2010, sejam concluídos no atual governo.
Publicado 26/07/2011 10:04
Uma série de pedidos de aditivos contratuais por parte das construtoras, dificuldades de licenciamento ambiental e falta de empenho de parceiros estratégicos, como governadores e prefeitos, estão sendo analisados pelo governo. Na sexta-feira, Dilma teve longa conversa com a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, para discutir as pressões dos empreiteiros que tocam as obras no São Francisco. A "enxurrada" de pedidos de aditivos dos empresários, apenas nesta obra, chega a R$ 700 milhões.
Os atrasos nos canteiros da Transnordestina já ocorriam no governo Lula. A ferrovia de 1.728 quilômetros de extensão — que ligará Eliseu Martins, no Piauí, ao porto de Pecém, no Ceará — deveria começar em 2007, mas só começou a sair do papel dois anos depois. A conclusão da primeira etapa deve ocorrer em meados de 2013.
Segundo o Ministério dos Transportes, os atrasos na Transnordestina ocorreram pela "incidência de intempéries", "ajustes administrativos ocasionados pela substituição de empreiteiras" e "tratativas ao processo de desapropriação decorrentes da dificuldade documental". Nesse caso, não há o problema de pedidos de aditivos contratuais, pois o projeto é de natureza privada. A pasta ressalta, porém, que há uma solicitação de ampliação de investimento, atualmente em análise.
Da Redação, com informações do O Estado de S.Paulo