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Programa do BID já destinou US$ 160 milhões a populações carentes

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou nesta segunda (27) que planeja dobrar seus investimentos em empresas da América Latina e Caribe que ofereçam serviços e produtos para melhorar as condições de vida da população das classes C, D e E, a chamada base da pirâmide econômica. Segundo a instituição, a meta é atingir US$ 100 milhões em investimentos até 2012 por meio de financiamentos e cooperação técnica.

Guilherme Piereck, consultor do Programa Oportunidades para a Maioria, explica que os investimentos serão destinados a empresas de vários setores, como construção, educação e tecnologia da informação, que ofereçam produtos inovadores e com benefícios para o dia a dia dessas classes.

As pessoas que se encontram na base da pirâmide econômica, segundo o BID, têm renda abaixo de US$ 3 mil por ano e vivem em relativa pobreza.

Na América Latina, o mercado para a base da pirâmide é estimado em US$ 509 bilhões anuais e inclui 360 milhões de pessoas, que representam 70% da população na região.

A maioria das pessoas na base da pirâmide tem acesso limitado a serviços básicos de saúde e financeiros, vivem em moradias informais e tem acesso restrito a eletricidade e saneamento básico.

Segundo Piereck, os investimentos serão destinados a empresas com produtos que atendam essas carências.

Em dezembro passado, o Programa Oportunidades para a Maioria aprovou seu primeiro projeto do gênero no Brasil, com empréstimo de US$ 10 milhões para a empresa Tenda Atacado, que oferece um programa de crédito para microempresários de baixa renda no setor de serviços alimentícios no Estado de São Paulo.

O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, afirmou em nota que "os governos e a sociedade civil não conseguem suprir todas as necessidades sozinhos e há uma imensa oportunidade para o setor privado fornecer soluções baseadas no mercado". 

O Programa Oportunidades para a Maioria foi criado há três anos e já investiu US$ 160 milhões para desenvolver modelos de negócios voltados para a base da pirâmide na América Latina e Caribe.

Redação com Diário do Nordeste