OTAN intensifica bombardeios na Líbia e não assume ataque a civis

As regiões atacadas nesta terça (21) foram as do oeste do país, que concentra forças armadas leais a Muamar Kadafi.

A televisão estatal informou que os bombardeios também atingiram zonas de Trípoli, mas não identificou quais locais nem comunicou a ocorrência de vítimas.

Ainda que a OTAN oficialmente negue, porta-vozes do bloco atlântico reconheceram — após os ataques de segunda (20)– que haviam lançado bombas contra supostos centros de comando militar naquela zona, mas não assumiram o ataque seletivo a civis.

O alvo, segundo a mesma fonte, foi a moradia da família de Khoweildi Hamidi, mas os mortos foram 11 adultos e oito crianças da comunidade em redor, segundo a agência oficial JANA.

Em declaração à imprensa, o porta-voz do governo afirmou que os aviões da OTAN dispararam oito bombas sobre casas de Surman, alvejando não só a de Hamidi como a de seus vizinhos.

Moussa Ibrahim qualificou a incursão de “terrorista e covarde": "Eles estão atacando civis, querem nos intimidar".

Amotinados resistem

A ofensiva que já dura 24 horas teve início um dia após a aliança ocidental admitir o assassinato de nove civis no distrito popular de Arada, na periferia da capital, por “erro técnico”.

O Governo líbio acusa a OTAN de já ter matado mais de 700 civis, desde março até esta terça (21), e condenou o ataque fatal do domingo, reconhecido pela OTAN.

Na semana passada, a aliança atlântica também reconheceu um evidente erro de cálculo ao bombardear um bloco de veículos de artilharia: o saldo foi seis mortes entre os amotinados.

Os combates prosseguiram nesta terça (21) em Dafniya, ao oeste de Misratah (ocidente do país, mais ao oriente de Trípoli). As tropas leais a Kadafi responderam aos bombardeios da OTAN com pesada artilharia.

Fonte: redação com Prensa Latina