Novo bombardeio da Otan faz sete vítimas civis na Líbia

Em declarações a repórteres no lugar do acontecimento, o vice-ministro de Relações Exteriores, Khaled Kaim, denunciou que se tratou de "uma agressão intencional e deliberada a lares civis. Este é outro sinal da brutalidade do Ocidente".

Testemunhas explicaram que um míssil impactou um edifício de três andares situado no bairro de Souq Al-Juma, descrito pelas autoridades como um dos mais pobres de Trípoli e distante vários quilômetros de uma instalação aérea militar já agredida pela Otan.

Os residentes mostraram a jornalistas alguns cadáveres enquanto ajudavam a remover escombros para tratar de achar possíveis sobreviventes e ajudar feridos, ao que parece todos membros de uma mesma família.

Médicos de um hospital da capital prestaram assistência aos feridos e mostraram ao menos cinco dos sete mortos, mas o porta-voz do governo, Moussa Ibrahim, assegurou que havia mais vítimas do ataque.

Ibrahim afirmou que "a Otan está semeando o ódio nos corações do povo líbio para os próximos anos. Eles (os líbios) não permitirão que Exércitos estrangeiros decidam seu futuro".

O incidente teve lugar um dia depois do primeiro-ministro líbio, Baghdadi Al-Mahmoudi, ter acusado à coalizão ocidental de bombardear especificamente civis, tomando violentamente a vida de mais de 855 pessoas nesta nação norte-africana.

Paralelo a isso, a aliança atlântica admitiu neste sábado (18) que um de suas caças atacou na quinta-feira (16), por engano, opositores armados em uma zona entre Ajdabiyah e Brega, no oriente da Líbia.

Aviões caças e helicópteros também intensificaram neste domingo seus bombardeios contra zonas do oeste do país para apoiar a ofensiva dos que combatem a forças leais ao líder líbio Muammar Kadafi, concretamente em Zlitan e Misratah.

Fontes oficiais indicaram que desde 19 de março, a Otan realizou mais de 10 mil ataques, incluídos quase quatro mil bombardeios contra objetivos governamentais.

Fonte: Prensa Latina