Para José Dirceu, crimes da ditadura não devem prescrever
O ex-ministro José Dirceu afirmou neste sábado (18) que, apesar de entendimento contrário da AGU (Advocacia-Geral da União), vai continuar defendendo a tese de que crimes como tortura e assassinatos cometidos durante a época da ditadura militar não prescrevem.
Publicado 18/06/2011 17:19
Dirceu fez a afirmação ao ser questionado sobre a posição do governo de enterrar a possibilidade de rever a Lei da Anistia.
Para ele, "mais cedo ou mais tarde será declarado por autoridades internacionais que o Brasil está fora da lei".
"Estamos em sentido contrário de todos os outros países do mundo, principalmente da América do Sul", afirmou.
Ainda para o ex-ministro, o Brasil precisa reconhecer os autores que praticaram atos graves na ditadura – que eles pelo menos sejam expostos. "Nós queremos a verdade."
Ao chegar em um evento em Brasília, Dirceu também falou sobre a posição do governo de manter documentos em sigilo eterno. "O ideal seria que não tivessemos nenhuma restrição quanto a documentos, mas a vida é dura, né?"
Em sua opinião, o ideal seria a aprovação de projeto como o que foi votado na Câmara, com a possibilidade de sigilo de 25 anos, renováveis pelo mesmo período.
Fonte: Folha.com