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ONU reconhece luta de Cuba contra o racismo

Organismos das Nações Unidas reconheceram nesta quinta (16), em Havana, os avanços na luta contra a discriminação racial em Cuba, graças a uma política estatal dirigida a beneficiar todos os setores da sociedade.

Em declarações à Prensa Latina, o representante auxiliar do Fundo de População das Nações Unidas, Rolando García, destacou que os avanços do país são um exemplo para o mundo e que, atualmente, Cuba está à frente na América Latina no que se refere à igualdade de oportunidades a seus cidadãos.

"Estes avanços estão associados às políticas de participação cidadã e inclusivas, promovidas pela direção da nação, empenhada agora em consolidar esse propósito", disse García, que participa do seminário "Cuba e os povos afrodescendentes na América".

"No caso de Cuba, podemos dizer que ro país esolveu os principais problemas de discriminação e conseguiu incorporar em grande parte os afrodescendentes à sociedade", assinalou García, na sede do Instituto Cubano de Investigação Cultural Juan Marinello.

"Há 60 anos foi promulgada a Declaração de Direitos Humanos, um documento que chama a respeitar a liberdade e a dignidade dos homens. Após esse tempo decorrido, persiste esse flagelo no mundo", lamentou.

"No próximo dia 31 outubro, o planeta Terra terá sete bilhões de habitantes e, deles, 150 milhões são afrodescendentes na América Latina. Cerca de 30% dessas pessoas são mulheres que engrossam os maiores índices de pobreza, de gravidez na adolescência e doenças de sexual transmissíveis", detalhou.

Juan José Ortiz, representante em Cuba do Fundo das Nações Unidas para a Infância, destacou que, das milhares de crianças afrodescendentes na região afetados pela pobreza e por todos os seus efeitos secundários, nenhuma é cubana, graças à vontade política do governo.

Sublinhou que Cuba e Noruega são os países com mais baixa taxa de mortalidade infantil no mundo, "mas é impressionante que a maior das Antilhas conseguiu estes resultados sem contar com o desenvolvimento e as riquezas desse país europeu".

A coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Havana, Bárbara Pesce, disse que Cuba é um exemplo de luta em matéria de discriminação racial. "Este Ano Internacional dos Afrodescendentes leva-nos a fazer uma parada no caminho, analisar e traçar uma estratégia para resolver este problema que afeta a América Latina e outras partes o mundo", disse.

O papel das identidades culturais nos meios de difusão em massa de comunicação e seu impacto na criação do novo paradigma de igualdade racial seria o centro dos debates nesta quinta-feira no penúltimo dia de trabalho da reunião acadêmica.

Fonte: Prensa Latina