PT quer tirar vaga de Suplicy no Senado em 2014
A cada demonstração de "descompromisso" de Eduardo Suplicy, cresce no PT a avaliação de que o senador paulista joga "para si mesmo", e não para o partido. Ao vazar com detalhes, e em on, as explicações dadas por Antonio Palocci para o faturamento recorde da Projeto, dizendo que a empresa ganhou R$ 1 milhão ao assessorar uma única fusão, Suplicy fez renascer no partido a ideia de rifá-lo em 2014.
Publicado 02/06/2011 10:12
O assunto já estava à mesa desde que começaram as articulações para a eleição municipal de 2012. Um grupo encarregado de negociar as alianças pretende levar ao PMDB a seguinte proposta: o partido abre mão agora de lançar Gabriel Chalita para a Prefeitura de São Paulo e, em troca, o PT apoia o deputado peemedebista para o Senado em 2014, quando só estará em disputa uma vaga — a de Suplicy.
Os argumentos dos petistas, além desse modo de agir "solitário" de Suplicy, são: 1) o mandato de senador não pode "ser vitalício", e o paulista já está em seu terceiro período de oito anos consecutivo na Casa, e 2) Suplicy não é mais imbatível, e quase perdeu para Guilherme Afif em 2006.
Será difícil emplacar essa ideia agora, quando PT e PMDB vivem uma crise no relacionamento federal e Chalita acaba de mudar de partido, com a promessa de que será candidato. Mas petistas acham que, no início do ano que vem, seja possível negociar um "pacote" de alianças com o partido de Michel Temer que inclua prefeituras estratégicas — como a de Santos — e compromissos futuros, como esse do Senado.
Da Redação, com informações do blog Presidente 40