Universitários chilenos protestam contra aumento na educação
A Confederação dos Estudantes do Chile (Confech) confirmou a realização de uma paralisação nacional, prevista para a próxima quinta-feira (02) em protesto ao aumento do sistema de educação do país. A manifestação faz parte de uma série de eventos que já vem ocorrendo no país contra o modelo neoliberal adotado.
Publicado 01/06/2011 11:17
As federações universitárias reunidas na Confech decidiram organizar o protesto depois de ter se encerrado o prazo estabelecido para as autoridades do país atenderem as demandas em defesa do ensino público.
Em uma última tentativa de obter resposta às reivindicações, líderes estudantis se reuniram na última terça-feira com o ministro da Educação, Joaquim Lavín. Porém, o encontro não teve resultados efetivos e resultou na paralisação prevista para essa quarta-feira.
A Confech reivindica um maior incentivo financeiro do Estado na educação. Dirigentes estudantis das cidades de Valparaíso, Concepción e Talca também aderiram à manifestação das ruas de Santiago. O Colégio dos Professores do Chile também deverá fazer parte da para aos protestos.
De acordo com a revista chilena Punto Final, as manifestações refletem uma crítica ao modelo econômico, social e cultural originado durante o período do regime militar de Augusto Pinochet (1973-1990).
Segundo a publicação, o Chile é o único país do mundo com uma educação superior considerada quase que inteiramente privada. Para os empresários, o negócio com as universidades é vantajoso. Eles investem, de acordo com o veículo, nos centros de estudo e como consequência economizam impostos, arrendamentos imobiliários e embolsam tarifas.
Assim, apesar de serem instituições sem fins lucrativos, as universidades no Chile são consideradas um dos negócios mais lucrativos do mercado.
Fonte: Prensa Latina