Publicado 31/05/2011 08:55 | Editado 04/03/2020 17:07
Caso o Executivo Estadual autorize a implantação dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e redimensionamento de tabelas salariais, o impacto financeiro nos cofres estaduais chegaria aos R$ 162 milhões/ano. O diretor do Sindicato dos Servidores da Administração Indireta (Sinai), Santino Arruda, afirma que o Estado tem condições de atender às reivindicações das categorias.
“O Governo não está desestruturado financeiramente. Os dados comprovam o aporte na arrecadação mensal. Somente em maio houve um incremento de R$ 80 milhões. Não há mais desculpas que possam ser utilizadas pela governadora”, afirmou Santino. Além do aumento na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o repasse dos royalties de produção de petróleo no estado rendeu em maior a maior transferência desde setembro de 2008. O Governo do Estado recebeu R$ 19,16 milhões da Petrobras.
Amanhã será um dia crucial para o movimento grevista que hoje paralisa quatro categorias da administração indireta – Detran, Junta Comercial, Emater e Fundação José Augusto. Os policiais civis também sentarão à mesa com representantes do Estado para uma segunda rodada de negociações. “A primeira conversa com o Governo foi boa e nós consideramos positiva. Ainda não foi o desejável, mas avançamos em alguns pontos”, analisou o diretor do Sindicato dos Policiais Civis, Erivan Fernandes.
Ele comenta que o Governo Estadual não atende ao que é solicitado pelos setores somente por questões políticas. Assim como Santino, Erivan defende que o Governo dispõe de verbas suficientes para a implantar o PCCS. “O impacto financeiro no Estado é irrisório”, avalia Erivan.
Além da implantação do plano de cargos, o representante dos policiais civis afirma que a contratação dos concursados é de extrema importância pois existem diversas delegacias sem um policial civil trabalhando. Faltam profissionais principalmente na região Oeste do estado. Os aprovados no mais recente concurso da Polícia Civil já receberam o curso de formação e aguardam nomeação desde 2010.
Médicos
A partir de amanhã, o movimento grevista poderá se estender aos médicos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap). Os profissionais protocolaram o indicativo de greve semana passada. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Médicos, os profissionais se reunirão hoje, em assembleia, para discutir o início da paralisação ou retirada do indicativo.
Professores
A abertura para negociações não se estende, porém, a todas as categorias. A diretora do Sindicato do Trabalhadores em Educação (Sinte RN), Fátima Cardoso, afirma que o Governo silenciou. “Não entendo o motivo pelo qual o Governo não negocia com os professores. Analiso isto como um abandono à educação”, defendeu. Ela afirma que a greve dos professores continua como está até o Executivo Estadual sinalizar positivamente às reivindicações.
As greves em todas as categorias que negociarão com o Governo Estadual amanhã serão mantidas pelo menos até o desfecho da reunião. “Esperamos que os representantes do Governo encontrem uma saída respeitosa para os servidores. Desta forma, poderemos encerrar as negociações com o fim das greves”, garantiu Santino Arruda.
Fonte: Tribuna do Norte