Hezbolá elogia governo sírio e denuncia intervenção dos EUA
Deputados e simpatizantes do movimento de resistência libanês Partido de Deus (Hezbolá) apoiaram nesta quinta-feira o chamado de seu líder, o xeque Hassan Nasrallah, ao povo sírio para preservar a unidade diante da política intervencionista estadunidense.
Publicado 26/05/2011 16:05
Os membros da organização de cunho xiita mostraram pleno apoio ao presidente sírio, Bashar Al-Assad, de quem Nasrallah destacou a firmeza diante das pressões do Ocidente para que modifique sua postura a favor da causa palestina e a resistência árabe a Israel.
Em um discurso pronunciado na quarta-feira à noite em Beirute e comentado amplamente nesta quinta pela emissora al-Manar TV, o líder libanês mostrou gratidão à Síria, ao considerar que o que o país conquistou no Líbano foi "histórico e decisivo no plano nacional".
O discurso, realizado para comemorar o dia da Libertação e da Resistência, abordou o repúdio de Damasco do projeto de Novo Oriente Médio, desarticulado pela resistência libanesa, apesar do poderio do eixo Estados Unidos-Israel, segundo disse.
Nasrallah negou a presença de combatentes do Hezbolá na Síria, na Líbia ou no Irã, e atribuiu essas suposições ao que chamou de "tevês por satélite que espalham mentiras no mundo árabe", além de acusar jornais e sites que se mantêm com financiamento estadunidense.
"Qualquer intervenção em uma nação árabe não é nossa responsabilidade", sublinhou, em um discurso que reconheceu, segundo ele, os erros que a Síria cometeu no Líbano, esclarecendo também que eles não tiram o mérito das vitórias obtidas pelos libaneses com a ajuda de Damasco.
Para ele, os libaneses "devem estimular e defender a segurança da Síria, em termos de governo e povo, e devem repudiar qualquer sanção contra aquele país", lembrou, em repúdio às recentes medidas adotadas pelos Estados Unidos e União Europeia contra Al-Assad.
"O presidente sírio", prosseguiu, "acredita nas reformas. Ele é sério nisso, está determinado e pronto a empreender grandes passos no rumo das reformas, apesar disso requerer calma e responsabilidade", concluiu.
Fonte: Agência Prensa Latina