Patriota defende mais espaço para Brasil e África na ONU
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, aproveitou a comemoração do Dia da África (25 de maio) para defender a reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Patriota disse que a exemplo do Brasil, os africanos merecem ter mais espaço no órgão. O chanceler reiterou ainda que o “Brasil é um país amigo” da África. Ele detalhou os projetos de cooperação nas áreas agrícola, de saúde e educação no Continente Africano.
Publicado 25/05/2011 13:32
“O Conselho de Segurança da União Africana é fonte de inspiração para os países da América Latina”, disse Patriota. O conselho na União Africana, que reúne os 52 países africanos, mantém 15 membros que representam o continente como um todo. Segundo o chanceler, é necessário ainda ampliar a participação dos africanos no Conselho de Segurança da ONU. “[É necessário assegurar a] representação adequada.”
A defesa da ampliação do conselho tem sido constante nas conversas e discursos da presidente Dilma Rousseff quando há interlocutores estrangeiros. Dilma pediu o apoio dos presidentes da China, Hu Jintao, e dos Estados Unidos, Barack Obama, assim como dos primeiros-ministros da Alemanha, Peter Ramseauer, e da Suécia, Fredrik Reinfeldt, com o objetivo de garantir mudanças na estrutura do órgão.
Pela atual estrutura do conselho, que segue o modelo que existia no mundo depois da 2ª Guerra Mundial, ocupam as vagas permanentes no órgão os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Inglaterra. Há, ainda, os assentos provisórios que são ocupados pelo Brasil, Japão, México, Líbano, Gabão, pela Turquia, Bósnia-Herzegovina, Nigéria, Áustria e Uganda. O período do mandato nos assentos rotativos é de dois anos.
As autoridades brasileiras defendem a ampliação do número de cadeiras no conselho de 15 – cinco permanentes e dez provisórias – para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular. A discussão é mantida no debate político internacional, mas esbarra em restrições por parte de alguns países, segundo os negociadores, por questões de divergências regionais.
Agência Brasil