Paul McCartney leva 45 mil fãs ao delírio no Rio
Com pontualidade quase britânica (foram apenas 15 minutos de atraso), Paul McCartney deu início à sua apresentação da turnê Up and Coming Tour, na noite deste domingo (22), no estádio do Engenhão, na zona norte do Rio de Janeiro.
Publicado 23/05/2011 10:33
Mais de 20 anos depois de se apresentar na cidade, o ex-beatle abriu o show com Hello Goodbye, clássico dos Beatles, e emendou com Jet, de sua fase no Wings. McCartney prometeu ao público que diria muitas frases em português. E cumpriu.
"Olá, Rio! E aí, cariocas? Boa noite, Brasil! É ótimo estar de volta aqui e nesta noite vou tentar falar mais em português, mas vou falar mais em inglês", disse.
Em seguida, veio Letting Go, e antes que Macca, como também é conhecido, levasse o público ao delírio com Drive My Car, ele soltou um “Valeio” (valeu) e fez uma pausa para observar as 45 mil pessoas que lotaram o Engenhão. "Agora é o meu momento para contemplar vocês, é um momento meu".
Paul tirou, então, o paletó azul, dobrou as mangas da camisa branca e tocou, na sequência, Sing the Changes, Let Me Roll It, The Long and Winding Road, 1985 e Let’em In, sempre entremeando as músicas com perguntas como “Tudo bem?”, “Tudo ótimo?”.
Antes de iniciar And I Love Her, brincou com o público, trocando o verso de She Loves You, composição dele com John Lennon, por “We Love You” e teve como resposta das milhares de pessoas um sonoro “Yeah, Yeah, Yeah”.
Depois de Black Bird, explicou, em português, a origem da canção Here Today, que foi executada com uma imagem da lua e do planeta Terra no fundo do telão do palco. "Escrevi esta música para meu amigo John Lennon".
Com Dance Tonight e Mrs Vandelbilt, Paul colocou o público para dançar, brincou com a própria figura, posando de estrela do rock e fazendo caretas projetadas nos imensos telões colocados nas laterais do palco.
Em Something, o artista começou sozinho, sem instrumentos musicais de fundo, com uma levada mais ligeira e as palmas do público. Na segunda parte, o arranjo clássico, com bateria, guitarras e baixo, e as imagens do beatle George Harrison – autor da canção e a quem McCartney dedicou a música – emocionaram.
Band on the Run, música que dá título a um dos discos do Wings, fez a apresentação voltar a um ritmo mais dançante antes que Paul iniciasse a ainda mais animada Obla Di Obla Da e pedisse a ajuda do público, que respondeu. "Agora, é com vocês!"
Durante Give Peace a Chance, tocada na sequência de A Day in the Life, o público soltou balões de ar, formando um mar de cores no gramado do estádio. A interação veio, também, com as centenas de cartazes com a sílaba “Na”, formando o refrão de Hey Jude.
Os fogos e as chamas diante dos músicos e sobre a estrutura do palco provocaram excitação no público durante a execução de Live and Let Die, canção-título de um dos filmes da série do agente 007, James Bond.
No bis, o ex-beatle voltou carregando a bandeira brasileira e cantou Day Tripper, Lady Madonna e Get Back. No segundo bis, Paul McCartney fechou com a animada Sgt. Peppers e apresentou seus músicos como “minha fantástica banda”.
Atencioso, Paul pegou das mãos de alguns fãs uma vaca de pelúcia e uma camisa da seleção brasileira, que trazia gravada o número 10 e o apelido "Macca". Antes que a chuva de papel nas cores da bandeira brasileira tomasse o gramado, McCartney se despediu, mais uma vez em português: "Até a próxima!"
Com R7