Caso Palocci: Governo se prepara para reagir à “guerra política”
Uma semana depois das acusações de conflito de interesses contra o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, o governo promete não dar margem a novos ataques. Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o Planalto considera que a oposição usa o episódio para deflagar uma "guerra política" contra a presidente Dilma Rousseff.
Publicado 23/05/2011 15:23
As acusações sobre o aumento do patrimônio de Palocci e a forma de reagir às denúncias publicadas na imprensa foram tema de reunião de coordenação política desta segunda-feira (23). Além da presidente, o vice, Michel Temer, e os ministros que despacham no Palácio do Planalto traçaram estratégias para evitar que o caso atrapalhe o andamento da gestão.
Na avaliação de Gilberto Carvalho, era previsível que a oposição "trabalharia para desestabilizar o governo". Como Palocci tornou-se alvo por ocupar um posto influente dentro da administração Dilma, a orientação é de que os aliados sejam posicionados para defender o ministro.
Parlamentares do PSDB tentam, desde a semana passada, recolher assinaturas para uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Em diferentes comissões das duas casas do Congresso Nacional, oposicionistas buscam convocar Palocci para prestar informações sobre a atuação da consultoria Projeto, da qual é sócio.
A consultoria informou que não pode divulgar detalhes de seus contratos e nem dos clientes que a contrataram por conta de uma cláusula de confidencialidade entre as partes.
Desde a eclosão do episódio, em 15 de maio, Palocci mantém a versão de que não agiu fora da lei, e ainda tomou precauções necessárias antes de assumir o cargo. Ele consultou a Comissão de Ética da Presidência para mudar o ramo de negócios da consultoria e, até agora, não apareceram problemas fiscais com a Projeto. "Ele se salvou até agora, porque tomou todos os cuidados", afirmou Carvalho.
Fonte: Rede Brasil Atual