245 lideranças comunistas debatem nova política sindical do PCdoB
O 4º Encontro Sindical Nacional do PCdoB chega ao seu segundo dia neste sábado (21), com uma marca histórica. Até o momento, 245 lideranças sindicais de 23 estados já se credenciaram para participar das discussões sobre a situação do movimento sindical brasileiro e a atuação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) neste novo cenário. Os resultados dos debates ajudarão na atualização da política sindical do partido, principal objetivo do Encontro.
Publicado 21/05/2011 22:16
Desde o início da tarde de sexta-feira, os comunistas dos quatro cantos do país começaram a desembarcar na capital baiana. A grandiosidade e abrangência do Encontro Sindical se mostraram logo no ato de abertura, quando o Teatro Salesiano ficou lotado para a conferência do presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo. No sábado, isso ficou mais evidente, com ocupação total do auditório do Hotel Portobello, em Ondina, onde o evento está sendo realizado.
A Bahia, que sedia o Encontro, tem a maior delegação, com 54 participantes, mas outros estados também mobilizaram muitas lideranças para o evento. São Paulo tem a segunda maior delegação, 40 pessoas, seguido do Rio de Janeiro, com 28; Minas Gerais, com 19; Ceará, com 18 e do Rio Grande do Norte, com 10 participantes.
A manhã de sábado começou com a exposição do secretário Sindical, João Batista Lemos, sobre o projeto de classe do PCdoB, que passa sobretudo pelo fortalecimento da CTB. “Estamos compreendendo que a CTB tem que enfrentar uma nova etapa, para se instrumentalizar maior e melhor para enfrentar os novos desafios que nós vivemos hoje no nosso país e no mundo. É preciso entender melhor a composição desta nova classe trabalhadora para poder unificar a classe em torno das bandeiras comuns. Só assim, a CTB vai poder disputar a hegemonia entre os trabalhadores”, afirmou Batista.
Sobre a estratégia defendida pelo partido para o fortalecimento da CTB, o dirigente elencou pontos como o desenvolvimento de uma campanha de massa para impulsionar o protagomnismo em torno das bandeiras unitárias; o fortalecimento do Centro de Estudos Sindicais (CES); mais investimentos para a o projeto de conquista do protagonismo da CTB entre os trabalhadores, além do fortalecimento das direções estaduais da CTB e dos sindicatos.
“Se temos condições de disputar esta hegemonia entre os trabalhadores, o que falta agora é tomar a decisão política. Temos que garantir e unificar as direções do partido para este projeto. Esta não é apenas uma questão sindical — é uma questão estratégica de partido”, acrescentou Batista, provocando as lideranças presentes para o início dos debates sobre o tema.
Os debates prosseguiram durante todo o dia, com a palavra franqueada a todos os participantes que quiseram dar sua contribuição para o documento final que será divulgado ao final do Encontro, na tarde deste domingo (22).
De Salvador,
Eliane Costa