Perpétua Almeida discute prevenção com Prefeitura do Rio
“Que cada brasileiro, more onde morar, se sinta protegido pelo estado em sua obrigação social”, disse a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), presidente da Comissão Especial de Medidas Preventivas Diante de Catástrofes da Câmara dos Deputados, em reunião nesta quinta-feira (19), com técnicos da Prefeitura do Rio de Janeiro e da Fundação Geo-Rio, que coordena um dos mais eficientes sistemas de prevenção e gerenciamento de eventos naturais do país.
Publicado 20/05/2011 12:01
Perpétua, acompanhada de outros cinco parlamentares, membros da comissão, segue ouvindo acertos e dificuldades de cidades e estados atingidos ultimamente por desastres climáticos. O objetivo final é construir uma proposta de Código de Proteção Civil para o país.
Ela diz que “o mundo inteiro está preocupado com o que vem por aí. Não podemos ficar reféns, a cada desastre, de medidas paliativas. O que iremos propor é uma política de estado capaz de prever chuvas, enchentes e riscos de incêndios, além de medir o impacto desses acidentes naturais na qualidade de água”, reafirmou a deputada, que nesta sexta-feira (20) percorre o ainda visível rastro de destruição na região serrana.
A deputada e o relator da comissão, Glauber Braga (PSB), que é carioca, também visitaram o programa de mapeamento de riscos coordenado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que investe para medir a quantidade de chuvas em determinada nuvem, a velocidade em que ela se desloca e quais bairros estariam ameaçadas. O Banco Mundial financia o projeto idealizado pelo Estado do Rio de Janeiro.
Exemplo do Rio
Após visitar cidades de Santa Catarina devastadas no pior desastre da história do estado, a Comissão decidiu, agora, visitar a Região Serrana do Rio de Janeiro, em especial as cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, quase totalmente destruídas em janeiro deste ano, quando mais de 800 corpos foram encontrados após serem soterrados ou arrastados por enchentes e deslizamentos.
Perpétua Almeida e o presidente da Fundação Geo-Rio, Márcio Machado, se encontraram na Sala de Crises, ambiente equipado para tomadas de decisões importantes sobre segurança, como o do período do Carnaval e a visita do presidente dos Estados Unidos ao Rio, Barack Obama, e de onde a cúpula do governo tratará tudo que for relacionado à Copa do Mundo e as Olimpíadas.
“Prevenir é sempre melhor que remediar”, disse Machado, explicando que hoje, somente com seis horas de antecedência é possível prever a quantidade de chuvas, mas que o governo fluminense está adquirindo um radar meteorológico – e que será entregue em julho -, que dará condições de as autoridades saberem onde e quanto de chuva em determinada comunidade com mias antecedência e precisão.
A deputada Perpétua Almeida anunciou que a experiência fluminense para prevenção e gerenciamento de catástrofes climáticas poderá ser incorporada na proposta da comissão que será apresentada aos ministros provavelmente no final do ano. Ela lembrou a máxima japonesa, amplamente divulgada na Plataforma Global, evento ocorrido em Genebra, na última semana, do qual participou: “nós só temos novas tragédias quando esquecemos a última”.