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Deputados iraquianos rechaçam estender presença militar dos EUA

Círculos políticos opostos à ocupação militar dos EUA saudaram nesta segunda-feira (16) a decisão dos deputados iraquianos de evitar qualquer manobra para estender a presença dessas tropas estrangeiras para além de dezembro de 2011.

Representantes de bancadas parlamentares respaldaram o anúncio de que não será prorrogada a permanência dos cerca de 47 mil soldados dos EUA no Iraque, depois de expirado o prazo fixado por um acordo bilateral assinado em dezembro de 2008.

Em virtude do chamado Acordo de Segurança, os militares dos EUA deram por concluídas suas operações de combate em agosto de 2010, quando também reduziram o número de tropas.

O acordo também estipulou que os soldados americanos em missões supostamente "não combativas" abandonem, no máximo em 31 de dezembro próximo, esta nação mesopotâmica que ocuparam em 2003 para derrubar Saddam Hussein.

De acordo com deputados do Iraque, Bagdá agora está totalmente capacitada para lidar com a segurança no seu próprio território. Eles apoiaram as forças policiais locais, ante o que avaliaram como "progressos extraordinários do país" nessa área. Eles também afirmaram que o exército iraquiano estará pronto para proteger o país no final de 2011.

O pronunciamento dos parlamentares ocorreu após uma conferência recente do primeiro-ministro, Nouri Al-Maliki, na qual ele afirmou que o prazo para a retirada das tropas dos EUA "não será prorrogado se as facções políticas do país assim decidirem."

Segundo Al-Maliki, Washington precisará alcançar um novo acordo a fim de estender a permanência de suas tropas para além de 2011, e, para isso, será imprescindível o aval da Câmara Legislativa e de todos os blocos políticos ali representados.

Nas últimas semanas, funcionários do governo e parlamentares dos EUA visitaram o Iraque e pressionaram as autoridades para decidir sobre um pedido formal para justificar a manutenção das tropas dos EUA aqui, após o acordo expirar, em 2008.

As tropas dos EUA lideraram, em março 2003, uma invasão ao Iraque com o pretexto de destruir as supostas armas de destruição em massa que Saddam Hussein possuía. Esses arsenais nunca foram encontrados.

Fonte: Prensa Latina