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Morte de Osama impulsionará luta contra EUA e Otan, dizem talibãs

A insurgência talibã do Afeganistão assegurou neste sábado (07) que a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, "dará um novo impulso" à luta contra as forças dos Estados Unidos e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Em declarações à Agência EFE, o porta-voz talibã Zabiulá Mujahid qualificou a morte de Bin Laden de "grande tragédia" para o movimento insurgente afegão.

Os fundamentalistas do país asiático haviam optado até agora por não se pronunciarem sobre a morte de Bin Laden, alegando que não havia provas que confirmassem isso. Neste sábado, porém, Mujahid aceitou como válida a confirmação emitida ontem pela Al-Qaeda indicando que Bin Laden foi abatido em uma operação de forças especiais dos EUA, na segunda-feira no norte do Paquistão, e defendeu "um novo impulso" à luta contra as tropas estrangeiras desdobradas em solo afegão.  

Em comunicado enviado na noite desta sexta-feira, os talibãs afegãos disseram que os EUA estão enganados se acreditam que "a moral e os combatentes do movimento insurgente ficarão debilitados" após a morte de Bin Laden, e disseram que isso guiará "centenas" a tomarem o caminho do martírio e do sacrifício. "A história do islã sempre guardará viva sua memória", afirmou o movimento.

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, disse na segunda-feira que Bin Laden foi castigado por suas ações e exortou os fundamentalistas a tomarem nota de sua sorte para que "se unam ao processo de paz impulsionado pelo governo afegão".

Os EUA invadiram o Afeganistão há quase uma década, pouco depois dos atentados do 11 de Setembro e de acusarem o regime talibã – então no poder – de dar refúgio a Osama em território afegão.

Fonte: Opera Mundi