Ministério da Justiça lança no Rio Campanha do Desarmamento
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes lançaram, no dia 6, a Campanha Nacional de Desarmamento 2011 – Tire uma Arma do Futuro do Brasil.
Publicado 06/05/2011 18:12 | Editado 04/03/2020 17:04
O evento ocorreu praticamente a um mês de uma tragédia inédita no país: a invasão da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste, pelo ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, que, armado com dois revólveres, matou 12 alunos e feriu outros 12. Alguns dos pais desses jovens participaram da solenidade.
O objetivo da campanha, que reúne órgãos governamentais e várias entidades da sociedade civil em todo o país, é recolher o maior número possível de armas e, assim, aumentar a segurança dos brasileiros. A ação, que se baseia no Estatuto do Desarmamento, será realizada até 31 de dezembro.
O projeto tem como premissa estimular o cidadão que tenha uma arma em casa a se desfazer dela. Segundo o ministro, dados oficiais indicam que do total de homicídios por ano no país 80% são cometidos com armas compradas legalmente.
“Os estudos, como o Mapa da Violência, mostram que a realização de campanhas para o recolhimento ou legalização de armas tem impacto direto na redução dos índices de criminalidade, principalmente os de homicídios”, afirmou o ministro.
Garantia de anonimato na entrega da arma
Desta vez, a campanha pelo desarmamento traz algumas novidades em relação às outras duas que já foram realizadas: o anonimato para quem entregar a arma; a inutilização da arma no ato da entrega; a indenização mais rápida; e a ampliação da rede de recolhimento. Essas medidas foram implementadas para facilitar todos os trâmites para quem quiser participar da campanha entregando sua arma.
Quem entregar armas receberá uma indenização, que varia de R$ 100 a R$ 300, dependendo do tipo de arma. O Ministério da Justiça dispõe de uma dotação orçamentária de R$ 10 milhões para a compra dos armamentos.