Cancelada audiência com ministro; Assis Melo defende diálogo
A pedido do ministro Fernando Pimentel, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, foi cancelada sua participação na audiência solicitada pelo deputado Assis Melo (PCdoB-RS) para discutir a nova política industrial brasileira. O encontro estava marcado para a manhã desta quarta-feira (27) na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados.
Publicado 27/04/2011 12:12
O deputado Assis Melo, que é coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Desenvolvimento Econômico e de Valorização do Trabalho, tem reafirmado que sem o apoio e a participação de todos não será possível construirmos o diálogo necessário para o desenvolvimento econômico e a valorização dos trabalhadores.
A proposta do parlamentar é encontrar mecanismos de fortalecer a indústria nacional e os direitos trabalhistas, “tendo em vista que as duas temáticas constituem alicerces para a diminuição das desigualdades sociais e a construção de um país mais justo”, justifica.
A audiência pública com o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior garantirá o espaço para esse diálogo, que deve incluir ainda trabalhadores e empresários, para a construção de uma pauta unificada.
Assis Melo destaca que além dos parlamentares, membros efetivos da Frente Parlamentar, foram incluídos como membros colaboradores as organizações sindicais, a academia e as instituições que promovam estudos sobre o tema, como o Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre outras entidades.
“Acredito que a união de forças para impulsionar esses grandes temas é a melhor contribuição que esta Casa pode dar para a construção de um País soberano e socialmente justo”, diz o deputado comunista, acrescentando que “aprendi na escola da vida e do chão das fábricas que somente a luta organizada e a disposição para o diálogo podem resultar em avanços nas relações de trabalho”.
De Brasília
Márcia Xavier