Ato público lembrou assassinatos no Rio de Janeiro

Entidades dos movimentos sociais realizaram, na última quinta-feira (14/04), na Praça do Congresso um ato público em solidariedade à comunidade escolar e aos familiares das vítimas que foram assassinadas, no último dia 7 de abril, na escola municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro. Cerca de 20 entidades enviaram representantes para participar do ato “Manaus Rio Solidariedade” que pediu paz e segurança na sociedade e terminou com uma oração ecumênica.

Os participantes pediram providências das autoridade para que episódios lamentáveis como o que ocorreu no Rio de Janeiro não ocorram em outros lugares do País.

Participaram do encontro, entre outras, entidades como a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Conselho Estadual de Juventude, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Estadual dos Estudantes (UEE), a União da Juventude Socialista (UJS), a União Brasileira de Mulheres (UBM), a União dos Mototaxistas, a Associação de Mulheres dos Cabos e Soldados do Corpo de Bombeiros, a Associação dos Subtenentes e Sargentos dos Bombeiros Militares, o Sindicato dos Vendedores Ambulantes, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), o Diretório Acadêmico de Tecnologia da Universidade Estadual do Amazonas (Daetec), a UNEGRO, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), o Sindicato dos Vigilantes do Amazonas (Sindvam), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), a Confederação Nacional da Associação de Moradores (Conam) e o PCdoB.

O evento chamou a atenção para questões como a situação da saúde mental da população brasileira, a segurança pública, de um modo geral, e a prática de bullying (agressões verbais ou físicas repetidas contra um ou mais alunos). A presidente da Umes, Priscila Duarte, afirmou que o massacre da escola do Rio de Janeiro criou um sentimento de insegurança nos estudantes. “É preciso que algo seja feito. A maior vítima da violência no país hoje é o jovem.

Queremos ter tranquilidade para estudar. A violência tem que ficar longe dos jovens”, disse.
Para a presidente do Sinteam, Isis Tavares, a atual concepção de educação no país onde o jovem é treinado para alcançar índices não tem trazido benefícios à formação dos jovens e está falida. “Esse sistema afasta as pessoas das escolas e não qualifica o cidadão de uma maneira que ele venha a pensar em construir uma sociedade melhor”, falou.

“Se nenhuma providência for tomada, fatos como esse do Rio de Janeiro podem acontecer aqui em Manaus”, salientou o diretor da CTB, Adolfo Torres.

Por sua vez, a vereadora Lucia Antony (PCdoB), que prestigiou o evento, afirmou que a socidade tem sua parcela de culpa no episódio de violência na escola do Rio de Janeiro. Ela destacou que o assassino Wellington Menezes de Oliveira já apresentava sinais de distúrbios na adolescência, mas não recebeu apoio da escola e nem tratamento psiquiátrico. “Nada foi feito para tratá-lo. Se ele tivesse recebido tratamento desde o início, possivelmente esse massacre não teria acontecido”, salientou.

A parlamentar pediu para que seja revisto o porte de armas e defendeu reformas no sistema de tratamento psiquiátrico no Brasil. “Os professores e as crianças vítimas desse massacre vão ter dificuldades para viver a vida. Elas precisam de apoio de todos”, afirmou Lucia Antony.

De Manaus,
Anwar Assi