Na China, Dilma ressalta as vantagens de investir no Brasil
Em discurso durante o Fórum Econômico de Boao, na China, a presidente Dilma Rousseff destacou nesta sexta-feira (15) as vantagens de investir no Brasil. Para ela, o país é o local para se aplicar em vários setores porque há uma combinação de fatores que favorecem os investimentos, como estabilidade econômica e crescimento acelerado. Segundo Dilma, os grandes destaques são as garantias do Estado Democrático de Direito e do respeito aos direitos humanos.
Publicado 15/04/2011 09:18
No quarto dia de visita à China, a presidente afirmou que no novo mundo multipolar, não há espaço para modelos únicos. "Não buscamos modelos únicos e unanimidades. Os consensos da história recente sob a égide do mercado, que supostamente nunca falhariam, mostraram-se frágeis como um castelo de cartas", disse Dilma.
A afirmação foi feita a uma plateia formada por líderes políticos asiáticos, além dos que integram o Brics (grupo que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul), assim como o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, empresários chineses e estrangeiros. "Existem grandes oportunidades no Brasil", acrescentou.
“Nós hoje combinamos estabilidade econômica, crescimento acelerado, projeto estratégico de desenvolvimento, ciência e tecnologia, inovação, inclusão social, Estado Democrático de Direito, compromisso com os direitos humanos e um profundo sentimento de autoestima de nosso povo".
Prioridades brasileiras
Dilma afirmou ainda que as prioridades do Brasil, nos próximos cincos anos, serão o combate à desigualdade e o incentivo ao "consumo de massa capaz de sustentar o crescimento interno”.
Para a presidente, o período de 2011 a 2015 impõe uma série de desafios, como incentivar a demanda interna e buscar uma economia mais equilibrada entre o consumo interno, os investimentos e as exportações.
Dilma citou, entre as ações do governo de combate à pobreza e de incentivo ao consumo sustentado, os programas federais de transferência de renda e de expansão do investimento e do crédito. Como estímulo para investimentos externos, ela lembrou os eventos esportivos que o Brasil vai sediar nos próximos anos — a Copa de Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Citou também o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
5º maior investidor do mundo
Antes de Dilma, o presidente da China e anfitrião do fórum, Hu Jintao, discursou. Segundo ele, a China é o quinto investidor estrangeiro direto no mundo e a tendência é dobrar os valores nos próximos cinco anos. Jintao disse que o volume negociado foi de US$ 59 bilhões só no ano passado. "A China vai investir cada vez mais na Ásia e nos países emergentes", acrescentou.
Atualmente, o consumo na China tem uma participação pequena no crescimento e é o aumento desse percentual que o país tentará incentivar. Jintao disse ainda que a China "dará oportunidades para países exportarem para o mercado chinês".
De acordo com o presidente chinês, a influência da Ásia no mundo vem aumentando. "Foi a primeira região a se recuperar da crise e se transformou em motor para a recuperação. Está não apenas mudando o destino do seu povo, mas tendo um impacto no mundo", afirmou.
Fonte: Agência Brasil