OAB cobra livre concorrência entre os postos de combustíveis
De acordo com o presidente da OAB-RN, Paulo Eduardo Teixeira, a suspeita de cartel existe pela falta de informação por parte dos empresários.
Publicado 14/04/2011 11:03 | Editado 04/03/2020 17:07
“O que se via no Rio Grande do Norte era uma inércia do consumidor em relação aos combustíveis. Hoje, o que se vê é que a classe do consumo reagindo a uma situação que se mostra há muito tempo. O que o consumidor quer, na verdade, é a livre concorrência”, declarou.
O advogado Paulo Eduardo participou do Jornal 96, da 96FM, na manhã desta quinta-feira (14), e falou sobre a participação da Ordem na campanha.
“Essa questão é uma relação de consumo e OAB tem uma comissão funcionando na defesa do consumidor. No Brasil, historicamente, a sociedade sempre vem a reboque das coisas. Agora, a sociedade está se mobilizando e se organizando. Então, vamos fortalecer e ajudar esse movimento, que é legitimo”.
O presidente da OAB-RN comentou que o melhor caminho para resolver a questão dos combustíveis é o debate a apresentação de dados. De acordo com Paulo Eduardo, o Sindicato dos Postos precisa apresentar as planilhas de custos e justificar os valores cobrados nas bombas.
“De um lado você tem os donos de postos e do outro os consumidores, que querem
discutir a situação. É importante o debate e a transparência dos dados. Se o Sindicato alega aumento de ICMS e na distribuição do combustível, que se mostre esses valores”, afirma.
Diante desses dados, o advogado acredita que será possível estabelecer parâmetros e saber se existe ou não cartel no Rio Grande do Norte. Para isso, o Ministério Público instaurou inquérito para colher vários dados.
“O consumidor sempre foi levado ao segundo plano. Agora, ele está se mobilizando, querendo ter o preço em vários postos de forma diferente. Meu pai era comerciante e quando tinha o preço competitivo ganhava mais com a venda de mais produtos”, avalia.
Para finalizar, Paulo Eduardo Teixeira lembrou que a Ordem dos Advogados tem orientado para os movimentos pacíficos. “Entendo que esse é pacifico, mas não existe protesto sem aglomeração e mobilização. Isso faz parte da construção de um estado democrático de direito”.