Bolsonaro é chamado de “racista e antidemocrático” durante sessão
Os deputados federais Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Luiz Alberto (PT-BA) discutiram no Plenário na Câmara. O deputado petista chamou Bolsonaro de "racista" e "antidemocrático". A confusão aconteceu depois que o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) falou sobre a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas e suscitou um debate entre os parlamentares a respeito do Estado ser laico.
Publicado 14/04/2011 10:34
Bolsonaro pediu a palavra, mas fugiu do assunto e voltou a atacar o kit anti-homofobia do Ministério da Educação (MEC), que ele chama de "cartilha gay". Luiz Alberto foi ao microfone falar sobre as religiões na escola e foi interrompido por Bolsonaro.
O deputado baiano se irritou e reagiu à atitude do colega. "Vossa Excelência se pronunciou e eu não o interrompi. Vossa Excelência é um antidemocrata, violento, intolerante e racista. Esta Casa precisa tomar uma atitude em relação à Vossa Excelência, que quer se fazer de vítima nesta Casa, mas não vai sair como vítima", disse o parlamentar.
"Kits gays"
Bolsonaro já afirmou publicamente que é contra políticas públicas voltadas para homossexuais. Ele afirma que está na Comissão de Direitos Humanos da Câmara para evitar “confraternizações com todos os grupos de homossexuais”, por exemplo, o que chama de “kits gays para escolas” — referência à campanha preparada pelo MEC para combater o preconceito nas escolas.
“A minha briga com grupos homossexuais começou no final de novembro do ano passado, quando detonei um kit gay do governo. Eu falo claramente. O governo está voltando atrás agora [dizendo] que é para o segundo grau, mentirosos! Querem tirar a bandeira do Brasil das escolas e botar a bandeira do arco-íris escrito: vale-tudo”.
Da redação,
com agências