Ir de táxi sai mais barato do que ter um carro em São Paulo
Comprar um carro ou ir de táxi? Esta é uma pergunta que pouca gente se faz antes de entrar em uma loja de automóveis. Segundo levantamento feito pelo Centro de Estudos de Finanças Pessoais e Negócios (Cefipe), quem prefere circular de táxi pela cidade pode economizar mais de R$ 1 mil por mês em relação àquele que tira da garagem o carro próprio para se deslocar. Especialmente em uma metrópole com 7 milhões de veículos e vários problemas de trânsito como São Paulo.
Publicado 07/04/2011 13:09 | Editado 04/03/2020 17:17
Levantamento realizado pelo Cefipe considerou todos os custos que incidem sobre um carro de R$ 40 mil, desde taxas e impostos, como licenciamento e IPVA, até os gastos com manutenção e seguro, passando pelas despesas do dia a dia – combustível, lavagem e troca de óleo, entre outras.
De acordo com o Cefipe, há custos que geralmente não são levados em consideração por aqueles que elaboram uma conta rápida, de cabeça, antes de se decidir pelo carro próprio. A depreciação, por exemplo, é um deles. Dependendo do modelo ou do ano, um carro chega a perder 1% de seu valor por mês – neste caso, R$ 400.
Outro cálculo que passa longe da cabeça do candidato a um carro é o que considera a oportunidade de ganho desperdiçada se o mesmo dinheiro, em vez de empregado para comprar o automóvel, fosse investido em uma aplicação financeira. Na caderneta de poupança, a mais conservadora do mercado, R$ 40 mil devolveriam R$ 265 mensais.
Além dos R$ 665 até aqui contabilizados, o cidadão que optasse pelo táxi no lugar do carro próprio ficaria livre de multas, zona azul, estacionamentos e, no caso de uma batida no trânsito, ter de pagar a franquia do seguro. No total, segundo o levantamento, o custo mensal com carro próprio chega a R$ 1.900. Com corridas de táxi a despesa seria de aproximadamente R$ 1 mil – economia de R$ 900.
Existem outros aspectos que contam a favor do táxi em relação ao carro próprio, como a possibilidade de não precisar se preocupar com o trânsito, não perder tempo em busca de vaga para estacionar e poder falar ao celular sem receio.
O analista de sistemas Marco Aurélio Vasconcelos Brandi, 48, desfez-se do segundo carro da família e garante não ter se arrependido da decisão. Há cinco anos as chaves do único automóvel da casa ficam com sua mulher, Leila, que faz uso do carro para levar e buscar os filhos na escola, fazer compras de supermercado etc.
"Dirijo mais nos fins de semana", disse Brandi. "De segunda a sexta chamo um táxi quando preciso ou, muito de vez em quando, pego carona com a Leila."
O estudo da Cefipe foi realizado há três anos, com o objetivo de mostrar que na maior parte das vezes ter um segundo carro na garagem não é vantajoso para as famílias se deslocarem em centros urbanos como São Paulo. Atualizados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) , os valores devem receber acréscimo de 15%.
Fonte: Uol Notícias