Ato na reitoria pede cotas na USP, mas universidade não acata
Cerca de 50 pessoas participaram de um protesto nesta quinta-feira (31) no local onde acontecia a reunião do Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP), que decidiu sobre as mudanças para o vestibular 2012 da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). Os manifestantes pediam criação de cotas sociais e raciais, mas não foram atendidos. A universidade aprovou o aumento de 12% para 15% o bônus para alunos de escolas públicas que prestarem o vestibular.
Publicado 31/03/2011 20:32
A USP aprovou nesta quinta-feira (31) um bônus de até 15% para alunos de escolas públicas que prestarem o vestibular da Fuvest. A decisão foi tomada durante reunião do Conselho de Graduação da instituição. O máximo de bônus que o aluno poderia conseguir até então era de 12%.
Para ganhar a bonificação total, o aluno deverá, no segundo ano do ensino médio, prestar o vestibular como treineiro, sem poder se matricular. Com isso, pode acumular até 5% de bônus para o ano seguinte. Para conseguir esse percentual, o candidato precisará acertar, pelo menos, 40 das 90 questões da primeira fase da prova da Fuvest. Se, no ano seguinte, quando estiver realmente prestando a prova para entrar na USP, o estudante conseguir acertar ao menos 60 das 90 questões da primeira fase, poderá receber 10% a mais de bônus. Caso acerte menos, o adicional será proporcional.
Até então, o máximo de bônus que um aluno podia conseguir era de 12%. Desses, 3% eram “automáticos” e o resto, bonificações dependendo do desempenho do candidato em um teste específico – o Programa de Avaliação Seriada da USP (Pasusp).
O novo critério está longe de atender à reivindicação daqueles que defendem a democratização do acesso à universidade. Segundo Fabio Hideki, professor e coordenador do cursinho popular pré-vestibular do Conjunto Residencial da USP (Crusp), os movimentos querem uma “discussão real” com a sociedade civil, tanto dentro quanto fora da universidade.
A reivindicação do movimento é a a extinção do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp) e o estabelecimento de cotas raciais e sociais na universidade.
Da redação, Luana Bonone, com UOL