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Protestos marcam inauguração de nova linha do metrô de São Paulo

Alguns integrantes do Movimento Passe Livre de São Paulo (MPL-SP) aproveitaram a inauguração da estação Butantã, na Linha 4-Amarela, da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), nesta segunda-feira (28) pela manhã, para protestar contra o aumento da passagem de ônibus na cidade, em voga desde janeiro. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo levou faixas contra a Parceria Público-Privada (PPP), feita para a construção do ramal.  

- Werther Santana/AE

Atrasos

Além dos protestos, a inauguração da linha Amarela do metrô foi marcada por atraso, o que indignou aqueles que chegaram cedo para pegar o primeiro trem, das 8 horas. Cerca de 30 pessoas esperavam em frente à entrada da estação, às 8h05, e algumas ficaram revoltadas quando descobriram que a inauguração estava marcada para as 9 horas.

O arquiteto de teste Tiago Baldim, que aguardava para ir ao trabalho, era um dos que se indignaram. "Entendo que eles tenham que fazer a inauguração com a presença dos políticos, mas que isso seja feito sem atrapalhar a população." Ele não aguardou a chegada das autoridades e tomou um ônibus para a próxima estação, a Faria Lima. O portal do Estadão divulgou que foi informado, pela assessoria de imprensa do Metrô, da mudança de horário apenas no domingo (27), às 16 horas.

Fraude

O governador Geraldo Alckmin, presente à inauguração, disse que nesta terça-feira (29), terá início a abertura dos envelopes das empresas para a construção da Linha 5-Lilás, cujos lotes de 3 a 8 foram alvo de suspeita de fraude no processo licitatório. A partir de então, de acordo com Alckmin, os consórcios vencedores terão uma semana para se manifestarem e, num prazo de 20 dias, o Metrô irá decidir se abre uma nova licitação para o projeto.

O ato desta segunda (28) deu continuidade às ações do MPL, que tem aproveitado as aparições públicas de Kassab para a realização de protestos, como a reinauguração da Biblioteca Mário de Andrade e o lançamento do novo Partido do prefeito, o PSD, na Assembléia Legislativa de São Paulo. Além disso, na ocasião em que o prefeito esteve em Paris, na Feira Internacional dos Profissionais do Setor Imobiliário, o Movimento Passe Livre também articulou uma ação de protesto na França. Concomitantemente a ação na Europa, foi feito no Brasil uma “visita à casa do prefeito” em que os manifestantes protestaram em frente ao condomínio onde Kassab mora.

 Da redação, com Estadão e MPL-SP