Plano de erradicação da extrema pobreza domina debates do Consea
Encontro, que termina nesta quarta-feira (17), em Brasília, teve participação da ministra Tereza Campello e de conselheiros que representam a sociedade civil na defesa da segurança alimentar e nutricional.
Publicado 16/03/2011 18:00
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e a secretária extraordinária de Erradicação da Extrema Pobreza, Ana Fonseca, participaram nesta quarta-feira (16) da 21a. Reunião Plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em Brasília. Elas falaram sobre a elaboração do plano de erradicação da extrema pobreza e ouviram sugestões apresentadas pelos conselheiros.
Conforme explicou Tereza Campello, o trabalho está sendo tratado em três frentes estratégicas: ampliação da transferência de renda, aumento do acesso aos serviços de qualidade e à inclusão produtiva e geração de oportunidades. “O grande esforço é aproximar o mapa da pobreza e do mapa das oportunidades.”
A secretária Ana Fonseca, a ministra Tereza Campello e o presidente do Consea, Renato Maluf, na plenária do conselho
A ministra explicou que “está sendo elaborado um plano detalhado, com metas claras para a sociedade. Quando terminar o detalhamento, vamos pactuar com governos estaduais, municipais e a sociedade. Estamos aqui recebendo contribuições do Consea e faremos isso com diversos atores.”
Pelo que adiantou a ministra, o governo está em busca de capturar a parcela da população que não é absorvida pelas políticas públicas. “Não estamos esperando que eles nos encontrem”, explicou.
A secretária Ana Fonseca classificou os “vários nomes dados à pobreza: insuficiência de renda e de água, insegurança alimentar, forma precária de inserção no mercado de trabalho, entre outros”. Ela citou as ações a serem fortalecidas para o acesso à alimentação, além do Bolsa Família: distribuição de alimentos, a rede de equipamento público, o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) e a merenda escolar.
Para o presidente do Consea, Renato Maluf, o papel do conselho é valorizar esse desafio para criar condição de enfrentá-lo. “O desafio da fome e o direito à alimentação são componentes centrais para erradicar a extrema pobreza. Entendemos que a segurança alimentar e nutricional é parte fundamental do plano. Outras contribuições que podemos dar serão no campo da nutrição, saúde, educação e meio ambiente.”
A conselheira Marília Leão apresentou as contribuições do Consea para a erradicação da extrema pobreza. Citou a estratégia Fome Zero, que permitiu criar novas políticas públicas, e pediu que o governo não a abandone. E completou: “A sociedade só será livre e desenvolvida se os direitos humanos não forem violados. Essa responsabilidade é do Estado, com importante papel da sociedade”.
A plenária do Consea, que ocupa o anexo I do Palácio do Planalto, encerra-se nesta quarta-feira. À tarde, os conselheiros avaliarão sua atuação em 2010, apresentarão as comissões permanentes e definirão temas estratégicos, assim como o planejamento para 2011.
Fonte: Ascom/MDS