Equador define estratégias para referendo de 7 de maio
O presidente equatoriano, Rafael Correa, e a direção do partido Movimento Aliança País articularam estratégias para impulsionar a partir desta quarta-feira (15) a campanha nacional pelo Sim no referendo e na consulta popular do próximo 7 de maio.
Publicado 15/03/2011 06:18
A proposta do Executivo de convocar uma consulta popular para decidir sobre 10 questões, cinco delas referentes a emendas constitucionais, pretende resolver com o sufrágio popular a ineficácia do sistema judicial, chave para a segurança cidadã.
Como o Poder Judiciário é independente do Executivo, os cidadãos decidirão em 7 de maio próximo sobre a aplicação de medidas para reformar Corte de Justiça, depurar juízes corruptos e legislar sobre outros temas de interesse nacional.
Correa agradeceu à direção e à militância do partido Movimento Aliança País pelo apoio dado à Consulta Popular, que é “um sério desafio”, devido à grande campanha midiática contrária da oposição.
O presidente pediu à cidadania seu apoio para continuar com a mudança profunda, radical e rápida da Revolução Cidadã.
O secretário-executivo do Partido Movimento Aliança País, Galo Mora, disse que há duas linhas de trabalho, a do governo e a da Aliança País como movimento político com suas direções provinciais, e entre ambos não há contradição alguma. Por sua parte, o prefeito de Pichincha, Gustavo Baroja, destacou a necessidade de que o sistema judicial conte com todas as reformas apresentadas pelo Poder Executivo para acabar com a impunidade e poder avançar na segurança demandada pela população.
Baroja convidou os cidadãos a debater as perguntas da Consulta Popular e ressaltou a confiança nas decisões do povo, apesar da maciça campanha de desinformação da oposição e dos meios de comunicação.
Depois do encerramento do período de inscrição no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) se registraram um total de 80 organizações e atores sociales e políticos para aceder a espaços publicitários a favor ou contra as perguntas, disse o porta-voz Fausto Camacho.
Ele precisou que Correa, ao ser um dos 80 sujeitos políticos habilitados para realizar a campanha, poderá aparecer na campanha publicitária, sem que isto seja considerado uso de recursos públicos porque é o CNE que fará a contratação dos espaços.
Fonte: Prensa Latina