Giama afirma que assassinato de Bezerra seria "crime homofóbico"
Com base em novas informações, Giama afirma que assassinato de Bezerra seria "crime homofóbico"
A Associação Grupo Ipê Amarelo Pela Livre Orientação Sexual – Giama denunciou na tarde de hoje que o assassinato do ativista do direitos humanos, Sebastião Bezerra da Silva, seria um crime homofóbico. Segundo o presidente da Giama, Silvanio Mota um dos irmãos teria declarado o envolvimento com o ativista ao programa Balanço Geral, da TV Record de Goiás.
Publicado 14/03/2011 19:11 | Editado 04/03/2020 17:21
A prisão dos irmãos Ricardo José Gonçalves, de 20 anos e Janes Miguel Gonçalves Junior, de 19 anos, suspeitos de serem autores do assassinato do ativista Sebastião Bezerra da Silva, no último dia 27, repercutiu na imprensa goiana nesta segunda-feira, 14.
Segundo informações da Giama – Associação Grupo Ipê Amarelo Pela Livre Orientação Sexual, durante o programa Balanço Geral, da TV Record, um dos irmãos que foram capturados pela polícia após escutas telefônicas, confessou em entrevista concedida em Goiânia que teria um relacionamento afetivo com o ativista. O suspeito teria também confirmado autoria do latrocínio, roubo seguido de morte.
Em contato telefônico com o Site Roberta Tum, o presidente do Giama, Silvânio Mota sustenta: “desde o início denunciamos que o crime era homofóbico, devido à tortura”. O presidente do Giama afirma ainda ter apurado com pessoas próximas à vitima que ele seria bissexual.
Crueldade
O resultado do laudo que aponta a causa mortis indica que o ativista teria morrido de asfixia por estrangulamento e amassamento do crânio. Segundo email do Giama, o ativista foi morto "com requintes de crueldade e teve o dedo do polegar esquerdo quebrado, uma das pernas quebradas. Pela forma que morreu, tem todas as características de ter sido tortura seguida de morte, portanto, vingança”, destacou.
Casos de homofobia no Estado
De acordo com o presidente do Giama, Silvano Mota este seria o segundo caso de crime por homofobia no Estado apenas este ano. “Desde 2002, quando o Giama vem monitorando os crimes dessa natureza no Estado, já somam 25, todos com requintes de crueldade. Daí, pelas evidencias, denunciamos mais esse crime com claras motivações homofóbicas”, afirmou.
Deic não confirma
O delegado titular do caso, Jacson Ribas, não foi encontrado para confirmar o teor dos depoimentos já colhidos em Goiás, de forma a confirmar as informações do Giama. Mais cedo, falando com o Site RT por telefone, Ribas evitou informar o horário da transferência dos presos e o local onde ficarão detidos.
Confira nota encaminhada a imprensa na integra em anexo
Site Cleber Toledo
Segunda-feira, 14 de março de 2011, 16h05m