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Em dia de aversão a risco, Ibovespa cai e registra 66.602 pontos

Embora tenha reduzido uma parte das perdas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) continua a operar no campo negativo nesta jornada, na mesma direção das praças internacionais. A baixa dos papéis de maior relevância sobre o Ibovespa, ligados a commodities e bancos, dá o tom do dia, enquanto ações de construção avançam e impedem uma queda mais expressiva.

Embora tenha reduzido uma parte das perdas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) continua a operar no campo negativo nesta jornada, na mesma direção das praças internacionais. A baixa dos papéis de maior relevância sobre o Ibovespa, ligados a commodities e bancos, dá o tom do dia, enquanto ações de construção avançam e impedem uma queda mais expressiva.

Por volta das 13h30, após marcar mínima de 66.208 pontos, Ibovespa recuava 0,98%, aos 66.602 pontos, com giro financeiro de R$ 3,2 bilhões.

Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha desvalorização de 1,42%, enquanto o S&P 500 caía 1,38% e o Nasdaq recuava 1,52%.

Investidores preferem adotar menor risco, de olho no aumento das tensões na Líbia. E, nesta quinta-feira, os preços das commodities, inclusive do petróleo, mostram forte baixa, diante dos números da China divulgados na noite de ontem. O país apresentou déficit comercial de US$ 7,3 bilhões em fevereiro, no primeiro resultado comercial mensal negativo desde março de 2010.

Apesar de o dado ter sido pior que o previsto, o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, lembra que o resultado sofreu a interferência do feriado do Ano Novo Lunar no início do mês passado.

“Temos que esperar os dados de março para poder avaliar melhor a situação. De toda forma, o dia está sendo afetado pela decisão da Moody’s de rebaixar a nota de crédito da Espanha e pelos dados de emprego nos Estados Unidos, que deram mais um sinal de que o mercado não está se recuperando como se gostaria”, afirmou.

Os novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos somaram 397 mil na semana fechada no dia 5 deste mês, o que representou um aumento de 26 mil em relação à leitura de uma semana antes (371 mil, dado revisado).

No Brasil, diz Rosa, o Banco Central ainda sinalizou na ata referente à última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que poderá adotar novas medidas macroprudenciais e “deixou no ar a possibilidade de encurtar o período de aperto monetário”.

Os papéis de bancos recuam em bloco na Bovespa, já que paira no mercado o temor de uma nova elevação da alíquota do depósito compulsório.

Minutos atrás, Bradesco PN cedia 2,00%, a R$ 30,75, Itaú Unibanco PN recuava 2,43%, a R$ 35,33, e Banco do Brasil ON tinha desvalorização de 2,73%, a R$ 28,06.

Ainda entre os destaques de baixa do Ibovespa estavam os papéis Vale PNA (-2,28%, a R$ 46,54), Usiminas ON (-2,55%, a R$ 27,09), Bradespar PN (-2,73%, a R$ 40,56) e OGX Petróleo ON (-3,35%, a R$ 19,33). As ações Petrobras PN ainda recuavam 1,26%, a R$ 28,19.

Já as maiores altas pertenciam a MRV ON (3,57%, a R$ 13,32), Rossi ON (3,35%, a R$ 13,25) e B2W ON (2,82%, a R$ 25,81).

Fonte: Valor