Cuba denuncia plano de espionagem dos EUA de alta tecnologia
Cuba mostrou na última segunda-feira (7) provas do desenvolvimento de planos pelos Estados Unidos para implantar na ilha sistemas ilegais de comunicação e espionagem com o uso de sofisticada tecnologia, informou a agência Prensa Latina.
Publicado 08/03/2011 15:03
Dalexis González Madruga, um jovem graduado em engenharia em telecomunicações na Universidade José Antonio Echeverria foi abordado por agentes norte-americanos para a introdução clandestina de equipamentos sofisticados e a instalação de uma rede de espionagem.
Um documentário difundido na noite desta segunda pela televisão cubana divulgou, na própria voz e imagem daquele que se converteu no agente Raúl da Segurança do Estado, os passos dados para tratar inclusive de viabilizar um sistema que transmitisse informações diretamente ao Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Havana.
Como parte dos projetos milionários financiados pelas distintas administrações estadunidenses, o objetivo era também poder transmitir mensagens codificadas com informações inclusive diretamente ao território norte-americano.
Trata-se de utilizar os avanços tecnológicos e os conhecimentos de González Madruga para a transmissão de informação e instruções, destinadas a facilitar atividades desestabilizadoras dentro do território nacional.
O documentário fez uma reportagem da participação de funcionários do Escritório de Interesses dos EUA em Cuba em reuniões com elementos contrarrevolucionários para transmitir ordens chegadas dos Estados Unidos e também registraram as atividades que encomendaram a González.
O jovem engenheiro cubano mostrou a forma como entraram no país antenas especiais, peças e outros objetos destinados ao fim indicado, disfarçados como artigos desportivos e aproveitando uma competição de surf realizada na ilha.
Revelou que os conspiradores lhe deram o codinome de Alexandro, assim como determinaram os lugares aonde devia comparecer para recolher os equipamentos levados a Cuba por viajantes procedentes dos Estados Unidos.
Ao me dar conta de quais eram as intenções contra meu país, me converti para eles no agente Alejandro, mas na realidade fui o agente Raúl da Segurança do Estado cubano, sublinhou.
O documentário recorda a trajetória desse tipo de atividade conspirativa contra Cuba desenvolvida desde a década de 1960 pelos Estados Unidos e seu financiamento oficial, incluindo as remessas milionárias destinadas a esse fim pela atual administração.
Fonte: Prensa Latina
-Leia também:
Relações perigosas entre a “dissidência” cubana e o imperialismo