China planeja crescimento anual de 7% entre 2011 e 2015

O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou sábado (26) que o governo vai fixar em 7% a meta de crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) do país para o período de 2011 a 2015. Segundo ele, o foco no desenvolvimento econômico mudará da rapidez para a qualidade.

A declaração, feita por Wen durante um chat online com usuários da internet, surge antes de uma sessão anual do Parlamento da China no dia 5 de março, quando o país aprovará políticas econômicas para o ano. O Congresso Nacional do Povo também aprovará o guia de desenvolvimento econômico para os próximos cinco anos.

“Jamais buscaremos uma taxa alta ou uma expansão a grande escala à custa do meio ambiente porque isso só daria lugar a um crescimento insustentável com excesso de capacidade industrial e um consumo intensivo de recursos”, afirmou Wen.

A meta citada é inferior à da etapa precedente, quando se fixou em 7,5%, e a China deslocou ao Japão como segunda economia do mundo depois de três décadas de crescimento ininterrupta, posição atingida no ano passado.

Novos critérios serão adotados para avaliar o gerenciamento das administrações locais e será dado mais peso à eficiência, proteção do meio e o nível de vida da população. “O critério mais importante é a felicidade e a satisfação da população”, afirmou o primeiro ministro.

Ressaltou que a ascensão da China se apoia no talento e na educação e não no Produto Interno Bruto (PIB), ao recordar que no mundo se fala muito desse último tema acima de outros.

Wen disse dar mais importância a outras duas estatísticas: a proporção dos gastos em educação e de pesquisa e desenvolvimento científicos com relação ao PIB.

Em suas respostas, o chefe de governo referiu-se a outros objetivos relacionados com preocupações da população como o avanço do Indice de Preços ao Consumidor, que em janeiro registrou um aumento anualizado de 4,6% impulsionado pela alta dos alimentos.

Sobre o tema disse que o país conta com suficientes reservas de grãos devido aos aumentos nas colheitas nos últimos sete anos e as abundantes reservas de divisas, elementos que contribuirão com a luta contra a inflação.

Reiterou também o compromisso de frear o aumento desenfreado dos preços imobiliários ao falar sobre as queixas associadas aos preços das moradias, muito altos.

Outro tema abordado nesta conversa foi o da distribuição da renda, o que reconheceu ser uma das tarefas mais importantes para as autoridades nos próximos cinco anos por estar vinculada também à justiça e estabilidade social.

Fonte: Prensa Latina