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Unesco apela a colecionadores para recuperar arte egípcia

A Unesco pediu nesta quarta-feira (16) aos marchands e colecionadores de arte que fiquem alertas depois do roubo de obras de arte no Egito para impedir que elas caiam em mãos inescrupulosas. "É particularmente importante verificar a origem dos bens culturais que são importados, exportados ou colocados à venda, principalmente via internet", afirmou a diretora da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Irina Bokova em comunicado.

Ela pediu às autoridades nacionais e internacionais, marchands e  colecionadores que "intensifiquem sua vigilância" em relação a esse "patrimônio que faz parte da história da humanidade e da identidade de Egito".

"Não devemos permitir que caia em mãos inescrupulosas nem corra o risco de ser danificado ou, pior ainda, destruído", enfatizou, destacando que a Unesco trabalhará em estreita colaboração com entidades como a Interpol e a Organização Mundial de Alfândegas.

Obras roubadas

O diretor do serviço antiguidades egípcias, Zahi Hawas, informou no domingo (13) que oito peças de grande valor, entre elas uma estátua de Tutankamon, foram roubadas do Museu Egípcio do Cairo.

"Entre os objetos roubados estão uma estátua de madeira coberta de ouro do rei da XVIII dinastia Tutankamon sustentada por uma deusa e partes de outra efígie do mesmo faraó", declarou Hawas, que também é secretário de Estado de Antiguidades.

Os funcionários do governo constataram o roubo durante um inventário do museu após a invasão do local em 28 de janeiro, quando algumas pessoas se aproveitaram dos protestos contra o regime de Hosni Mubarak na Praça Tahrir, próxima ao centro cultural.

No entanto, dois dos objetos roubados foram encontrados no dia seguinte no jardim que cerca o prédio do museu.

"As investigações feitas no interior e no exterior do Museu Egípcio para encontrar as peças arqueológicas perdidas levaram à descoberta de algumas" delas, explicou Hawas.

Hawas indicou ainda que as peças recuperadas são um amuleto em forma de escaravelho que pertenceu a Yuya, um influente cortesão da XVIII dinastia que reinou há mais de 3.000 anos, e uma das estátuas funerárias de Yuya, que faziam parte de um conjunto de 11 estatuetas.

Fonte: Portal Terra