Comunista Neuton Miranda será homenageado no Pará
A Câmara Municipal de Belém realizará na manhã desta quinta-feira (17), sessão especial em homenagem ao dirigente comunista Neuton Miranda. Estão sendo esperadas várias personalidades e autoridades do mundo político, lideranças populares e militantes do Partido Comunista do Brasil. A sessão especial foi proposta pelo vereador Iran Moraes, do PSB, político amigo dos comunistas paraenses.
Publicado 16/02/2011 12:18 | Editado 04/03/2020 16:53
Durante a sessão, será exibido vídeo feito pela direção do PCdoB do Pará (clique aqui para assistir).
Neuton Miranda faleceu no sábado, 20 de fevereiro de 2010, vítima de um fulminante ataque cardíaco. Miranda estava trabalhando a serviço do governo federal, distribuindo títulos de propriedade de terras a populações ribeirinhas no município de Belterra, região de Santarém, Oeste do Pará.
Tragetória de Luta de Neuton Miranda
Líder estudantil em 1968, Neuton Miranda participava da Ação Popular e foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes na gestão de Honestino Guimarães. Perseguido, viveu uma parte de sua vida na clandestinidade durante o periodo mais repressivo da ditaduara militar. Em 1972 decidiu somar-se às fileiras do PCdoB e foi destacado por João Amazonas para organizar o partido no estado ao lado de Paulo Fonteles e Neco Panzera. Era casado com a professora universitária Leila Mourão e tinha uma filha, Janaína.
Durante 38 anos, Neuton foi militante do Partido Comunista do Brasil. Também era membro de seu Comitê Central e presidente do Comitê Estadual do PCdoB no Pará. Já foi deputado estadual e candidato ao Senado, tendo obtido expressiva votação. Estava exercendo também importante função no governo federal, como superitendente do Patrimônio da União no Pará. Neuton chegou a ser premiado nacionalmente pelo trabalho que desenvolvia na SPU.
Para a direção estadual do partido, "o legado de Neuton Miranda é um exemplo de luta a ser seguido; ele foi um revolucionário de seu tempo. Seu desaparecimento deixou o partido consternado. No entanto, o PCdoB sabe que quem morre lutando pelo progresso sempre vai servir ao propósito da vida. Neutão, como chamavam os mais intimos, nos deixa muitas saudades".
De Belém,
Moisés Alves