Sindicalistas e parlamentares defendem salário mínimo de R$580,00
As centrais sindicais realizaram na manhã desta segunda-feira (14.02) um grande debate sobre a valorização do salário mínimo, reunindo sindicalistas e parlamentares estaduais e federais cearenses, entre eles o senador Inácio Arruda. Durante o evento, que aconteceu na sede do Sindicato dos Bancários, representantes das centrais pediram o apoio e o voto dos parlamentares ao salário mínimo de R4 580,00 em 2011 e a aprovação de uma política permanente de valorização desse referencial de rendimento.
Publicado 15/02/2011 11:07 | Editado 04/03/2020 16:32
Os sindicalistas entendem que o salário mínimo é o principal instrumento de distribuição de renda do País, com repercussões em toda a cadeia produtiva. Por isso, CUT, Força Sindical, CTB, UGT e Nova Central integram o movimento nacional de defesa do valor de R$ 580,00 para este ano e contam com a adesão de todos os parlamentares cearenses nessa causa.
O senador Inácio Arruda, que apresentou emenda propondo que o valor do novo salário mínimo seja de R$ 580,00, disse durante o debate, que o aumento real do mínimo tem sido um dos pilares na erradicação da pobreza no Brasil. Representa não só a base da remuneração de grande parcela dos trabalhadores brasileiros, como também dos aposentados e pensionistas. “Os sucessivos aumentos reais do mínimo têm influenciado no desempenho da economia, com o fortalecimento do mercado interno, o que minimizou em nosso país os efeitos da crise econômica mundial”, ressaltou.
Ainda durante sua fala, Inácio explicou que os R$ 545,00 propostos pelo Governo Federal, servem como base concreta, como um piso, para se começar a negociar. Ele diz que é possível manter a inflação controlada com o aumento real dos salários. Inácio voltou a criticar os juros altos e lembrou que a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, proposta de sua autoria, é outra forma de aumentar salários. “Precisamos colocar esse de tema de volta a pauta de debate do Congresso Nacional”, conclamou, concluindo que se o valor do salário mínimo for de “R$ 580,00, nem quebra o País, nem aumenta o percentual de inflação”.
O deputado Chico Lopes explicou que a correlação de forças na hora da negociação estar nos trabalhadores e não nos parlamentares. “Temos tempo de fazer acordos que melhorem e avancem no valor final do mínimo”, disse, acrescentando que é preciso pressionar os partidos que apóiam o governo. “Temos que preservar o acordo anterior, mas é preciso avançar”, finalizou.
Participou ainda do debate, o deputado federal Artur Bruno. Ele disse que seu partido o PT, tirou uma posição oficial de defender o acordo feito em 2007, ainda com o ex-presidente Lula, mas se comprometeu a lutar para avançar nessas negociações. Já o deputado federal André Figueiredo, informou que o PDT propõe um salário mínimo de R$ 560,00 e vai lutar para que esta proposta seja vitoriosa.
Fonte: Assessoria de imprensa do Senador Inácio Arruda