Fidel Castro: A outra estrela do Tea Party
Nada mais nada menos que Ileana Ros, a pessoa que mantinha sequestrado o garoto Elián em Miami, promotora de golpes de Estado, de crimes como os de Posada Carriles e de outras malfeitorias, viajará ao Haiti, onde o terremoto matou um quarto de milhão de pessoas e a epidemia de cólera, em plena ação, quase 4 mil, constituindo uma ameaça para o resto do continente.
Publicado 10/02/2011 02:15
Um despacho da agência DPA informa o seguinte:
“Durante a estada em Porto Príncipe, a congressista, de origem cubana, disse que espera receber um relatório sobre ‘os avanços’ em matéria de reconstrução no devastado país, bem como sobre a ‘continuada controvérsia eleitoral’, depois das eleições presidenciais de 28 de novembro passado”.
“Esta viagem ao Haiti é muito importante, pois este é um país muito próximo dos EUA e muito querido para nós”, declarou a congressista pela Flórida, um estado onde reside um importante núcleo de haitianos.
“É muito importante para os interesses dos EUA e estamos interessados pessoalmente em ver que a estabilidade, a democracia e as empresas livres se arraiguem aí”, acrescentou.
Por acaso o governo dos EUA está ciente do desafio que implica para sua autoridade moral a presença perturbadora de Ileana Ros Lehtinen no Haiti?
Mas isso não é tudo, outro despacho, nesta ocasião da agência AP, procedente de Porto Príncipe informa:
“A OEA tinha previsto apresentar o documento ao presidente René Préval, na segunda-feira”.
“O relatório ainda não foi tornado público, mas a AP obteve uma cópia e um diplomata familiarizado com o mesmo confirmou as recomendações. Outro funcionário dos Assuntos Exteriores disse que o documento estava na última fase de edição e tradução ao francês, porém afirmou que as conclusões se vão manter”.
“A Comissão Eleitoral do Haiti deverá decidir como responder ao apelo, mas as recomendações da equipe da OEA poderiam ter muito peso. Três candidatos consideram que deveriam participar do segundo turno eleitoral. Depois que foram anunciados os resultados eleitorais do primeiro turno, começaram os distúrbios no país”.
“Não se prevê que Préval responda ao relatório publicamente, mas sim até depois de quarta-feira, quando se completa um ano do devastador terremoto de 12 de janeiro de 2010”.
“O segundo turno estava previsto para o domingo, mas foi adiado para esperar os resultados da avaliação da OEA, que busca resolver a estagnação política. Funcionários expressaram que as eleições não terão lugar até o mês próximo”.
O país estava em calma. A luta contra a epidemia avançava com sucesso. Durante os últimos 17 dias, a Missão Médica Cubana e a brigada “Henry Reeve” tinham atendido a 9.857 doentes de cólera, sem nenhum óbito.
O presidente Préval discutiu com as representações diplomáticas, incluído o representante da OEA, o escritor brasileiro Ricardo Seitenfus, uma solução política para o difícil problema.
Segundo as notícias recebidas, depois que Seitenfus foi demitido, de repente, pelo secretário dessa organização, se apresenta o problema atual.
Esperamos que os representantes da América Latina e os países acreditados nas Nações Unidas evitem o caos que poderia criar-se no Haiti, se na situação atual, a luta entre os partidos contrários se desata em meio da destruição, a pobreza e a epidemia que ainda açoita com força essa nação.
Fidel Castro Ruz, Havana, 10 de janeiro de 2011, 21h50