Jornalistas: Empresas adiam reunião e atrasam negociação salarial
A quarta rodada de negociação da campanha salarial dos jornalistas de mídia eletrônica, agendada para 1º de fevereiro, foi adiada a pedido do Sindicato das Empresas Proprietárias de Emissoras de Rádio e Televisão do Estado do Ceará. Alegando "motivos alheios a sua vontade", o representante do sindicato patronal desmarcou a reunião, sem previsão de nova data.
Publicado 03/02/2011 10:13 | Editado 04/03/2020 16:32
Segundo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), a próxima negociação pode ocorrer semana que vem. Na terceira rodada de negociação, as empresas ofereceram um reajuste de 6,47%, negaram todas as reivindicações dos jornalistas, propuseram a inclusão de um banco de horas na Convenção dos jornalistas e ainda ameaçaram entrar com dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, caso o Sindjorce não aceitasse a contraproposta patronal. "Quem assume esse tipo de postura na mesa deixa claro que não quer negociar com os trabalhadores, mas somente impor perdas à categoria, o que não iremos aceitar" afirma o presidente do Sindjorce, Claylson Martins.
Os jornalistas de mídia eletrônica, com data-abse em 1º de janeiro, reivindicam 13% de reajuste, piso salarial de R$ 1.717,02, adicional por tempo de serviço, gratificação de chefia de 50%, seguro de vida/invalidez de R$ 44.781,24, vale alimentação diário de R$ 10,00, criação de comissões de saúde nas redações, estabilidade durante a campanha salarial, entre outras cláusulas. "Como se pode ver, a contraproposta das empresas está muito aquém do que desejam os trabalhadores. Esperamos que na quinta rodada de negociação o sindicato patronal apresente uma contraproposta razoável, para que possamos dar continuidade às negociações", disse o presidente do Sindjorce.
Fonte: Sindjorce