Sepror vai reformular setor de defesa animal e vegetal do AM
A Comissão Executiva Permanente de Defesa Animal e Vegetal (Codesav), órgão vinculado a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) vai passar por reformulação total este ano. As mudanças visam adequar a Codesav às recomendações da Organização Internacional de Sanidade Animal – OIE, que estabeleceu o ano 2011 para que o Brasil inteiro esteja erradicado de febre aftosa. O Amazonas não registra casos de aftosa há sete anos. O último foco foi detectado em 2004 no Careiro da Várzea.
Publicado 30/01/2011 15:12 | Editado 04/03/2020 16:12
A determinação na Sepror é adotar na defesa animal e vegetal uma atitude mais agressiva e mais operante para elevar o padrão sanitário do rebanho do Amazonas e ao mesmo tempo assegurar o que o secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, chama de modernização da pecuária. “O Amazonas não pode ficar de fora desse processo. Nós podemos através de mecanização, de tecnologia, de pasteio rotacionado, de inseminação, de técnicas modernas adequadas, dobrar o nosso rebanho sem tirar um pé de planta. Nós temos áreas suficientes que precisam ser adequadamente manejadas”, ressaltou Eron.
O anúncio de mudança e reestruturação da Codesav foi feito pelo secretário durante reunião com a direção do Conselho Regional dos Médicos Veterinários (CRMV), esta semana. Os veterinários apresentaram ao secretário Eron Bezerra um documento elaborado durante o Fórum do setor primário, realizado em julho de 2010 em Manaus, com proposta de maior representatividade institucional da categoria no setor primário. A categoria recebeu do secretário da Sepror a garantia de que terá mais espaço na reestruturação da Codesav, que por sua vez, poderá mudar sua conjuntura política e deixar de ser uma comissão executiva para se transformar em uma Agência ou Secretaria Executiva com mais autonomia, inclusive
econômica.
O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Paulo Alex, disse que a categoria acredita que com a reestruturação da Codesav, recomendada pela própria OIE, não apenas os veterinários ganharão. Os próprios produtores serão beneficiados porque melhorando o estado
sanitário se valoriza o que o pequeno criador tem de mais importante. “A única reserva de valor que um criador tem são seus animais e quando você valoriza o estado sanitário do rebanho você valoriza o capital do pequeno criador e nesse papel o veterinário é fundamental”, completou Alex.
De Manaus,
Odineia Araújo.