RJ terá R$ 400 milhões do BNDES para áreas afetadas pelas chuvas

O BNDES repassará para as empresas da região serrana, localizadas nas áreas atingidas pelas fortes chuvas, R$ 400 milhões. A Medida Provisória que libera os recursos foi assinada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 21.

O anúncio foi feito em entrevista à imprensa, após reunião entre o governador Sérgio Cabral Cabral e o presidente do banco, Luciano Coutinho. O governador destacou a importância econômica dos municípios da serra para o Rio de Janeiro.

“O que estamos fazendo aqui é dar injeção de ânimo econômico a esses municípios. Esses R$ 400 milhões serão muito importantes, pois, só na agricultura, foram R$ 270 milhões em prejuízos. Essa é uma região que todos conhecem bem. Todos já comemos alface, tomate, rúcula, alimentos que ali são produzidos. Já viajamos em um avião cuja turbina foi produzida por uma empresa mantida naquela região. Seja na área metal-mecânica, do turismo, do agronegócio, a região serrana tem um peso enorme para o PIB do Rio de Janeiro. São mais ou menos 17 mil produtores, 3,2 mil diretamente prejudicados. Portanto, esse investimento de capital de giro mais rápido é fundamental para reorganizar a produção”, afirmou Cabral.

Durante o encontro, do qual também participaram o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o presidente do BNDES disse que os recursos virão do Programa Emergencial de Reconstrução (PER), criado em 2008 para ajudar as empresas e os municípios atingidos pelas enchentes em Santa Catarina e que, no ano passado, também foi utilizado no socorro aos estados de Alagoas e Pernambuco.

Segundo Luciano Coutinho, a verba vai priorizar os pequenos empreendedores das áreas afetadas e terá condições semelhantes ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que financia bens de capital a juros fixos de 5,5% ao ano.

“Em um primeiro momento, o programa será dedicado a pequenos empreendedores que têm dificuldade em retomar seus negócios. A linha tem limite de R$ 1 milhão, dez anos de prazo de pagamento e dois anos de carência. Além da compra de máquinas e equipamentos, ela abrange a reconstrução e recuperação dos estabelecimentos”, declarou Coutinho.