Impasse na 3ª rodada de negociação entre Sindjornais e gráficos
Entidade patronal nega cesta básica e afirma que só dará reajuste igual ao da inflação
Publicado 14/01/2011 11:25 | Editado 04/03/2020 16:32
Na terceira rodada de negociação salarial entre o Sindicato dos Trabalhadores Gráficos do Ceará (SINTIGRACE) e o Sindjornais, ficou claro o desrespeito patronal com os trabalhadores. O sindicato patronal, através do seu presidente, o advogado Mauro Sales, apresentou uma proposta de reajuste salarial de 6,47%. O reajuste representa apenas o acumulado da inflação no período e não traz nenhum ganho real para os trabalhadores.
O sindicato patronal também não garantiu o fornecimento da cesta básica para os trabalhadores através do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho e Emprego. “A proposta patronal está fora da realidade que é de crescimento econômico e mais parece uma provocação”, disse o presidente do SINTIGRACE, Rogério Andrade.
Num contexto de crescimento econômico é normal que se discuta ganho real, mas na 3ª rodada de negociação o sindicato patronal negou praticamente todas as cláusulas novas e alteradas. “Eles querem fechar a Convenção com a renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) anterior e reajuste da inflação do período, isso não vamos aceitar”, afirmou Andrade.
Para Juarez Alves, Secretário de Formação do SINTIGRACE, a proposta é uma provocação, pois a maioria das categorias ao longo de 2010, inclusive as categorias com data base em janeiro de 2011, já fecharam suas convenção com mais de 2% de ganho real. “Analisamos o PAT e verificamos que é perfeitamente possível às empresas do setor fornecerem cesta básica aos gráficos, pois o impacto financeiro do benefício para elas é descontado no imposto de renda”, explicou o dirigente.
A diretoria do SINTIGRACE rechaçou de imediato a proposta patronal e vai conclamar a categoria a fazer o mesmo. “Com a economia bombando, as eleições e a copa do mundo, os patrões encheram os bolsos e agora, de bolsos cheios, querem nos dar apenas a inflação? Vamos à luta, vamos parar empresas”, declarou o Secretário de Esporte Cultura e lazer do SINTIGRACE, Nonato Fonteles.
Fonte: SINTIGRACE