Presidente chinês recebe secretário da Defesa dos EUA

O encontro ocorreu em um salão do Palácio do Povo, na Praça da Paz Celestial. A visita de Robert Gates à China, a primeira desde 2007, simboliza "os novos avanços" nas relações militares EUA-China, declarou Hu Jintao, afirmando que a reunião com o chefe do Pentágono em Pequim permitiu que os dois países trocassem ideias "de maneira muito sincera".

Gates, por sua vez, transmitiu a Hu os cumprimentos do presidente Barack Obama, que o receberá em Washington no dia 19 de janeiro, e disse que os encontros com o presidente e com outras autoridades chinesas proporcionaram um avanço no sentido de "uma melhora a longo prazo" dos vínculos militares entre os dois países.

Os intercâmbios na área militar entre os dois países estavam suspensos desde que, em janeiro de 2010, os Estados Unidos venderam um pacote de 6,4 bilhões de dólares em armas a Taiwan, parte inalienável do território chinês. A China não aceita a prática, o que foi reiterado durante a visita de Gates pelo ministro da Defesa do país asiático, Liang Guanglie.

Durante sua visita a Pequim, o secretário norte-americano da Defesa não se ateve apenas aos assuntos bilaterais e trouxe à tona a discussão sobre a República Popular Democrática da Coreia (RPDC). “O míssil intercontinental que está a ser desenvolvido pela Coreia do Norte pode ser uma séria ameaça para os Estados Unidos dentro de cinco anos”, disse Gates, ao manifestar sua certeza de que a RPDC “irá desenvolver o míssil intercontinental nesse período de tempo".

Gates pediu que a China exerça “mais pressão” sobre Pyongyang para conter o que chamou de “comportamentos hostis”.

Com agências internacionais