Minas Gerais com três deputados comunistas em janeiro de 2011
Para Minas Gerais, a presença de três deputados comunistas no legislativo mineiro, mesmo nesse curto período de recesso tem importante significado político e abre perspectivas futuras de ampliação do partido no Estado.
Publicado 06/01/2011 13:38 | Editado 04/03/2020 16:50
A Assembléia Legislativa de Minas Gerais inicia o ano de 2011 com uma situação inusitada. Assumiu nesse 4 de janeiro, o mandato de deputado estadual, por um período de 30 dias o Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Leopoldina, o arquiteto Márcio Pimentel e o Presidente do Sindicato dos Rodoviários de Cel. Fabriciano, o sindicalista Celinho do Sintrocel. Se incorporarmos o deputado eleito em 2006, Carlin Moura, Minas Gerais,termina a 16ª Legislatura, com três deputados comunistas.
Os dois parlamentares que assumiram integraram a chapa do PCdoB no pleito de 2010, embora assumam o mandato em decorrência de outras circunstâncias.
A posse do Secretariado do governo Antonio Anastásia levou a alterações no perfil do legislativo mineiro. Entre os indicados para assumir funções no executivo estavam um deputado do PDT e outro do PP. A ALMG, na interpretação de quem deveria assumir a suplência, optou por seguir a orientação de que deveria ser o do partido, no caso do PP, já que o PDT disputou sem coligação. Apenas o PDT tentou impugnar a posse do suplente já que o deputado se encontrava em outra legenda. A Procuradoria da Casa entendeu que só a Justiça Eleitoral poderia determinar a condição de eleito e deu posse ao suplente diplomado.
Celinho do Sintrocel foi eleito no pleito de 2010 juntamente com Carlin Moura e continuará os próximos 4 anos na Assembléia garantindo a representação sindical para a próxima legislatura. Márcio Pimentel, que teve a expressiva votação de mais de 40% na sua cidade de Leopoldina é o deputado leopoldinense depois de 3 décadas. Filho de ex-prefeito, Márcio contou com presença significativa de sua cidade no ato de posse.
Para Minas Gerais, a presença de três deputados comunistas no legislativo mineiro, mesmo nesse curto período de recesso tem importante significado político e abre perspectivas futuras de ampliação do partido no Estado.
Jô Moraes