Renato Rabelo defende Autoridade Olímpica e Esportes unidos
Em entrevista ao jornal Brasil Econômico, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, defende a ideia de que a Autoridade Pública Olímpica (APO) deve ficar nas mãos do Partido, que está também à frente do Ministério do Esporte.
Publicado 04/01/2011 10:12
Durante o processo de transição, a presidente Dilma Rousseff estava inclinada a delegar ao PCdoB – que ficou à frente do Ministério do Esporte – o comando da Autoridade Pública Olímpica (APO), responsável pela organização dos Jogos Olímpicos de 2016. Essa decisão, porém, foi adiada devido ao protesto de partidos aliados contra o que seria um suposto excesso de cargos dados aos comunistas, que detêm uma pequena bancada na Câmara.
Dilma não descarta deixar o posto para um quadro técnico ou um esportista conhecido, como acontece na maioria dos países que sediam Olimpíadas. O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, revelou que o partido ainda não desistiu.
Brasil Econômico – A presidente Dilma já deu sinais de que o PCdoB não deve assumir o comando da Autoridade Pública Olímpica. O partido ainda reivindica esse espaço?
Renato Rabelo – Sim, até porque não faz sentido separar a Autoridade Olímpica do Ministério dos Esportes. Essa é a nossa opinião. Em função do tempo que se teve na transição, a presidente achou necessário ter uma reflexão maior sobre o formato a ser adotado, já que não está claramente definido.
BE – Qual deve ser esse formato?
RR – Isso vai ser discutido com o próprio Orlando Silva, ministro dos Esportes, e com o Partido. Até porque estamos acompanhando a discussão há um certo tempo. Mas é preciso brevidade, pois os prazos estão correndo.
BE – Até quando deve ser batido o martelo?
RR – Até março.