Ministro quer criar programa que alie saúde e atividade física
O ministro do Esporte, Orlando Silva, mantido no cargo, mantem sua rotina de trabalho, nesta segunda-feira (3), sem solenidade de transmissão de cargo como ocorreu com os ministérios que trocam de titular. Para a próxima gestão, que será marcada pela preparação para grandes eventos esportivos, ele destaca a proposta de criar, dentro das atividades regulares do Ministério, um programa que alie saúde e atividade física.
Publicado 03/01/2011 16:18
O ministro afirma que a expectativa do esporte para o próximo governo é positiva. “Dilma Rousseff, enquanto ministra, deu um suporte muito grande ao esporte. Eu espero que como presidente, ela vai dar sequência e fazer um trabalho ainda mais intenso na área, até porque quem entregará a Copa do Mundo 2014 será a presidente Dilma.”
De acordo com Orlando Silva, os próximos desafios da área são a integração do esporte com a educação e sensibilizar a população para praticar esporte como fator de qualidade de vida. Ele diz que pretende trabalhar em parceria com os Ministérios da Educação e da Saúde.
“Me assusta ler nos jornais a informação de que cresce a obesidade no Brasil e crescem as doenças que tem como causa a obesidade. Eu creio que uma aliança entre o esporte e a saúde será muito importante para que a atividade física ajude na qualidade de vida da população brasileira”, avalia
Megaeventos
Sobre os preparativos para os dois megaeventos do esporte – a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, ele diz que acredita que a APO (Autoridade Pública Olímpica) deve estar consolidada no começo deste ano. A matéria, em forma de ´Medida Provisória, precisa ser votada no Congresso até fevereiro, sob pena de perder a validade.
“Se, numa eventualidade, não for aprovada – não acredito nisso -, a presidente Dilma Rousseff poderia reedita-la. A APO precisa da aprovação dos três níveis de governo. No plano federal, vai se concretizar. O Estado do Rio já a aprovou. E o prefeito Eduardo Paes me garantiu que vai trabalhar pela votação na Câmara de Vereadores antes do carnaval”, garanta o ministro.
Ele evita falar sobre a acumulação de cargo dele como ministro e Autoridade Pública Olímpica. “O grau de qualificação e de capacitação das equipes técnicas que vão conduzir o trabalho da APO é mais importante do que falar ou debater sobre o nome de quem vai presidir o consórcio”, afirma.
Ano-chave
Em entrevista à Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (3), o ministro disse que 2011 é o ano-chave. Em 2009, a Fifa decidiu as cidades-sedes. Em 2010, foi a assinatura de contratos. Sobre a situação dos aeroportos, que ele define como “uma novela”, o ministro prefere fazer uma avaliação positiva, destacando que existe um plano de investimento e espera que a Infraero cumpra os prazos.
“É como uma aeronave que já decolou e está na ascendente. Agora vai ter de andar mais rápido para que 2011 seja o nível de cruzeiro”, comparou.
E disse ainda que “o governo talvez possa pensar em mecanismos para aumentar a eficiência. Há um conjunto de órgãos que talvez possa ter mais sinergia, quem sabe uma autoridade aeroportuária”, diz, admitindo que “estamos no limite, e a Infraero tem consciência disso.”
De Brasília
Com agências