Deputados manifestam compromisso com reformas propostas por Dilma
Ao falar sobre a necessidade da reforma política em seu discurso de posse, a presidente Dilma Roussef reacendeu a discussão sobre o tema que se arrasta na Câmara dos Deputados. Os deputados – aliados e da oposição – manifestaram interesse em votar as reformas pretendidas pela Presidente. O futuro líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), confirmou que a reforma política será prioridade para a bancada petista na próxima Legislatura, que começa em fevereiro.
Publicado 03/01/2011 10:25
"Nós vamos trabalhar para existência de uma reforma política que melhore a instucionalidade eleitoral e política na sociedade brasileira, que permita que o cidadão comum participe da política", disse, destacando as palavras da Presidente que defendeu uma reforma política que "fortaleça o sentido programático dos partidos".
Além da reforma política, os parlamentares destacaram outros pontos do discurso. O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), elogiou a fala de Dilma, e destacou que o novo governo será marcado pela eficiência e pela competência, duas qualidades que a presidente mostrou quando foi ministra da Casa Civil do Governo Lula.
Para o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), eleito senador, Dilma precisa manter os avanços econômicos da Era Lula. "É fundamental que o País continue crescendo, controlando a inflação, gerando emprego formal e se inserindo, cada vez mais, no mercado internacional", disse.
Seguir caminho
A deputada Manuela d’Ávila (PCdoB-RS), que também participou da posse da presidente em Brasília, resumiu: “Ao elegermos Dilma nossa presidenta, escolhemos seguir o caminho de crescimento e desenvolvimento, decidimos continuar combatendo o miséria e a desigualdade”.
Os deputados petistas Gilmar Machado (MG) e Dr. Rosinha (PR) ressaltaram a conjuntura favorável ao Governo de Dilma Roussef para avançar nas conqui9stas sociais. Machado destacou o bom Orçamento para este ano, que poderá dar continuidade às obras do PAC e ao Bolsa-Família, e, ao mesmo tempo, aumentar o atendimento de creches e as verbas para a área de saúde.
Dr. Rosinha disse que, além de o País estar com as contas equilibradas, a América do Sul está muito mais integrada do que estava há oito anos. Ele ressaltou ainda que Dilma Rousseff terá maioria no Congresso construída pelo voto, e não com negociações que resultam em desgastes para o governo.
Oposição favorável
A oposição também se manifestou favorável a um bom governo de Dilma Rousseff e disposto a colaborar com as propostas sugeridas. O vice-líder do DEM, deputado José Carlos Aleluia (BA), que não se reelegeu, disse, após a posse da presidente Dilma Rousseff, que não tinha críticas a fazer ao discurso da nova presidente, mas alfinetou: “Desejo felicidades (a Dilma), mas acho difícil cumprir seu discurso com as alianças que ela fez", avaliou.
As reformas tributária e política também são uma preocupação do líder do PSDB, deputado João Almeida (BA), que também não se reelegeu. Ele disse que seu partido está disposto a discutir com o Governo Dilma, principalmente assuntos urgentes como esse.
A reforma política também será uma prioridade na avaliação do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA). Ele acredita também que o desafio da oposição em 2011 será aumentar o contato com a sociedade. "A oposição vai manter o seu trabalho fiscalizador, mas tem a missão de levar o que é feito aqui no Congresso para as ruas, para criar mais conexão com a sociedade", disse.
Sobre a intenção da presidente de "estender as mãos para a oposição", o deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR) reforçou que já ouviu algumas informações de que Dilma estaria disposta a se reunir com parlamentares oposicionistas para negociar a votação de reformas estruturantes, como a tributária e a política.
De Brasília
Márcia Xavier
Com Agência Câmara