Fundador do WikiLeaks teme ser assassinado nos EUA
O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, afirmou em uma entrevista que "muito provavelmente" seria assassinado em uma penitenciária dos Estados Unidos, caso fosse extraditado ao país. Ele está atualmente no Reino Unido, onde chegou a ser preso a pedido de autoridades suecas, que o acusam de crimes sexuais. Os advogados do ativista temem que as autoridades americanas estejam preparando uma acusação espionagem contra ele.
Publicado 25/12/2010 12:52
O australiano, atualmente em liberdade condicional e também sob a ameaça de ser extraditado para a Suécia, onde é acusado por crimes sexuais, acredita que os EUA estudam uma forma acusá-lo pelo vazamento de milhares de telegramas da diplomacia americana.
Em entrevista ao jornal The Guardian, Assange afirma que seria "politicamente impossível" para o Reino Unido enviá-lo para o outro lado do Atlântico, já que o governo do primeiro-ministro David Cameron deve mostrar que não foi cooptado por Washington.
"Legalmente, o Reino Unido não tem o direito de extraditar por delitos políticos. A espionagem é o caso clássico do crime político. Fica a cargo do governo britânico se deve abrir uma exceção", afirmou Assange.
Ele disse que se Washington conseguir sua extradição, seja do Reino Unido ou da Suécia, então existiria uma "alta probabilidade" dele ser assassinado em uma prisão americana.
Assange disse ainda que as autoridades americanas tentam chegar a um acordo com Bradley Manning, o soldado suspeito de ter repassado os documentos secretos.
Ativista foi preso acusado de estupro
Assange foi preso pelas autoridades do Reino Unido a pedido da Justiça da Suécia, onde é acusado de abuso sexual e estupro por ter feito sexo sem camisinha com duas mulheres.
A prisão ocorreu em meio ao escândalo do vazamento de 250 mil documentos confidenciais da diplomacia dos EUA. Os relatórios causaram constrangimento ao governo americano por causa de comentários grosseiros sobre líderes mundiais.
Fonte: R7, com AFP