Griôs querem 1 milhão de assinaturas pela identidade brasileira
A Rede Ação Griô já envolve em todo Barsil mais de 750 mestres e griôs de tradição oral. Este projeto trata de uma reinvenção do griô que veio da África, do Brasil e da tradição. Os que guardam na memória preservando nossa história de geração em geração. Agira a Ação Griô busca 1 milhão de assinaturas para aprovação do projeto de iniciativa popular da Lei Griô, passo importante para fortalecer a identidade do Brasil.
Publicado 17/12/2010 19:57
A Lei Griô propõe uma política nacional de transmissão dos saberes e fazeres de tradição oral, em diálogo com a educação formal, para promover o fortalecimento da identidade e ancestralidade do povo brasileiro, por meio do reconhecimento político, econômico e sociocultural dos griôs e das griôs – mestres e mestras da tradição oral.
O projeto é acompanhado por uma proposta de um programa nacional, a ser instituído, regulamentado e implantado no âmbito do Ministério da Cultura e do Sistema Nacional de Cultura (SNC). “Estamos construindo uma política pública de transmissão dos saberes e fazeres orais”, explica o coordenador da Ação Griô Nacional, Márcio Caires.
“Vamos promover a Lei Griô através de cortejos, oficinas, vivências, encontros dialógicos, trocas de experiências e mobilização para um milhão de assinaturas em todo o país para que a lei possa ser apresentada ao Congresso Nacional”, explica Caires. “A meta da Rede Ação Griô é fazer valer a Constituição Federal, garantindo o primeiro processo de uma lei de iniciativa popular aprovada no Brasil”, completa.
A Ação Griô Nacional é uma rede de 130 pontos de cultura e organizações comunitárias, 750 griôs aprendizes, griôs e mestres, bolsistas e representantes da tradição oral do Brasil, em diálogo com 600 escolas, universidades e entidades de educação e cultura através de projetos pedagógicos de fortalecimento da identidade e ancestralidade do povo brasileiro.
A rede nasceu em 2006 a partir do projeto Ação Griô apresentado pelo Grãos de Luz e Griô, numa gestão compartilhada com a Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura.
Fonte: Comunicação Teia 2010