Fundador do WikiLeaks denuncia campanha dos Estados Unidos
O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, denunciou nesta sexta-feira (17) que tanto ele como seu portal são vítimas de uma campanha agressiva do governo dos Estados Unidos.
Publicado 17/12/2010 14:00
Ao ser questionado sobre uma suposta conspiração de Washington, afirmou que "há uma investigação muito agressiva" contra si pelas autoridades estadunidenses.
"Muitos querem fazer uma carreira ao perseguir casos famosos", disse o jornalista australiano, responsável pela difusão de milhares de documentos secretos do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Em declarações à mídia britânica, o jornalista advertiu que neste momento interesses pessoais, domésticos e internacionais animam e impelem o processo de calúnias contra sua pessoa.
Assange foi liberado na quinta-feira, depois de pagar uma fiança de 200 mil libras esterlinas (cerca de 236 mil euros) após o tribunal de Londres desconsiderar o recurso de apelação interposto pela Suécia.
O jornalista enfrenta acusações de suposta agressão sexual contra duas mulheres em agosto passado, na Suécia, tendo a justiça daquele país emitido uma ordem de captura internacional.
Segundo os advogados de Assange, sua extradição para a Suécia é um complô político urdido pela justiça daquele país, com pretensão de entregá-lo às autoridades estadunidenses.
O site WikiLeaks desatou a ira dos Estados Unidos após revelar segredos sobre a participação de Washington nos conflitos militares no Iraque e no Afeganistão e colocar suspeitas em sua política externa.
Fonte: Prensa Latina