Grupo protesta em SP contra prisão de fundador do WikiLeaks
Dezenas de pessoas fizeram uma manifestação neste sábado (11) em frente ao Consulado Geral Britânico, em São Paulo, pedindo a libertação de Julian Assange, proprietário do site WikiLeaks, responsável pela divulgação de documentos diplomáticos sigilosos. A manifestação, declarada independente – ou seja, não ligada a partidos políticos ou organizações – foi convocada pela internet, por meio de redes sociais como o Facebook e o Twitter.
Publicado 11/12/2010 17:12

Oliver, que preferiu não informar o sobrenome, disse que é um dos responsáveis pela divulgação da manifestação pela internet por defender a atuação do site. “Entender o que seus governos fazem e a posição dos Estados Unidos no mundo é uma contribuição que o WikiLeaks deu. Divulgar esses documentos e exigir a liberdade do Assange, que fundou o site e está preso, são deveres de qualquer cidadão”, afirmou.
Para a estudante de letras Natalia Pimenta, de 25 anos, Assange está sendo perseguido. "Este é um ato pela liberdade de imprensa". Outro integrante do grupo defendeu que a prisão de Assange foi uma retaliação à divulgação de documentos secretos da diplomacia americana.
"Embora o governo americano negue, não teria outro motivo para mantê-lo preso. A acusação contra ele já estava arquivada na Suécia e só agora retiraram da gaveta. Não dá para dissociar a prisão com retaliação", disse o jornalista Rafael Dantas, 26 anos.
A falta de liberdade de imprensa também foi alvo de críticas. "Para mim, a prisão dele é política porque ele está defendendo o direito à informação. Somos um punhado de 'gatos pingados', mas de punhado em punhado, vamos chegar à grande mídia", afirmou a geóloga Miryám Hess, 47 anos.
Miryàm, que faz parte do Conselho da Rede Grumin de Mulheres Indígenas, afirmou que o manifesto é importante para chamar a atenção para uma questão envolvendo os direitos humanos. “Ele [Assange] é simplesmente um defensor dos direitos humanos e, quando vamos às últimas consequências para defender os direitos humanos, a resposta do Estado que viola esses direitos é prisão, tortura e morte.”
Com agências