Jandira participa da Globe International e da Cop 16

Em viagem ao México desde o dia 2, a deputada federal eleita Jandira Feghali (PCdoB) compôs a delegação brasileira na Globe International e está participando da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (Cop 16), que acontece até o dia 10 de dezembro.

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O objetivo dos fóruns é discutir a segunda fase do Protocolo de Quioto, assinado em 1997 no Japão, que estabeleceu um cronograma em que os países desenvolvidos seriam obrigados a reduzir em 5,2% as emissões dos gases do efeito estufa entre 2008 e 2012.

O período da segunda fase do protocolo, de 2012 a 2020, já foi definido, mas as metas ainda precisam ser definidas. Nesse ano, a primeira parte do evento, a Globe International, aconteceu na Cidade do México e a segunda parte, a Cop 16, está sendo realizada em Cancun.

Na Globe International, a pauta sobre legislação e mudanças climáticas desenvolveu-se nos dias 4 e 5 dezembro. Fizeram parte deste fórum os países que constituem o G8 +5, sendo G8 Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, França, Rússia, Canadá e Japão; e o +5 Brasil, China, México, África do Sul e Índia. Além do G8+5 compareceram representantes da Coréia do Sul e da Indonésia. A delegação brasileira foi composta por dois senadores e dois deputados.

Segundo Jandira, “a reunião do fórum na Globe International desse ano foi rica no intercâmbio e no avanço de posições, destacadamente o avanço da posição chinesa. A delegação brasileira foi muito elogiada pelas opiniões consistentes e pelos avanços em nosso país referentes às metas assumidas. O papel estratégico do parlamento na aprovação de leis ganhou destaque, além dos instrumentos para as políticas publicas, para o monitoramento e a fiscalização na aplicação dos recursos e cumprimento das metas”.

Direto da Cidade do México

Ainda na cidade do México, a deputada informou que o Brasil é o mais avançado em termos de legislação já aprovada. “Já temos, inclusive, regulamentada em outubro de 2010, a lei que cria o Fundo do Clima, que o governo brasileiro já iniciou com R$ 226 milhões no orçamento para 2011. Temos 47,8% de energia limpa e reduzimos o desmatamento 14% em um ano”, declarou.

Para Jandira, “o Brasil ainda não pode abrir mão do uso de combustíveis fósseis, vide pré-sal, por isso devemos avançar em medidas de sequestro de carbono emitido. Já existem tecnologias e políticas conhecidas para isso, a começar pelas florestas e oceanos. Nosso país já é o maior produtor e consumidor de álcool como combustível veicular, importante contribuição à redução de emissão de CO2”.

“Devemos, no entanto, usar os recursos adquiridos com a nossa atual produção para avançar na tecnologia e mecanismos para implementar com força e velocidade as fontes de energias renováveis e sua aplicação em serviços e cadeias produtivas, incluída a mobilidade urbana nos diversos modais de transporte. Já lideramos mundialmente a área de biocombustíveis, com grandes benefícios à agricultura familiar. Temos biodiversidade privilegiada e clima privilegiado para irmos mais longe. A sociedade brasileira, seus representantes no parlamento e governo podem e devem se unir em defesa da vida!”, finaliza a deputada eleita, que volta ao Brasil no dia 9.